Aviões da Malaysia Airlines em Kuala Lumpur no dia 13 de março de 2014 (AFP, Mohd Rasfan)
O governo da Malásia negou nesta quinta-feira as informações de que
o avião desaparecido desde sábado tenha voado durante quatro horas
depois de desaparecer do radar e afirmou que as imagens de um satélite
chinês, que provocaram esperanças, não mostravam destroços.
"As informações estão erradas", afirmou o ministro dos Transportes,
Hishamudin Husein, aos jornalistas, ao comentar a notícia divulgada
pelo Wall Street Journal.
Ele acrescentou que a China afirmou ao governo da Malásia que as
imagens de satélite foram divulgadas "por engano e não mostravam
destroços".
O Wall Street Journal informou que o Boeing 777 da Malaysia
Airlines, desaparecido desde sábado, pode ter voado durante quatro horas
após o último contato, segundo investigadores americanos.
A aeronave poderia ter viajado por centenas ou milhares de
quilômetros depois do último contato com os controladores aéreos a 1H30
de sábado (14H30 de Brasília, sexta-feira), uma hora depois de ter
decolado de Kuala Lumpur com destino a Pequim.
Os investigadores americanos, que pediram anonimato, baseiam a
hipótese nos dados transmitidos automaticamente pelos motores Rolls
Royce, que equipavam o Boeing desaparecido
A China anunciou na quarta-feira que um de seus satélites havia
detectado três "objetos flutuantes" de certo volume em uma zona marítima
onde foi perdido o contato com o avião.
O Boeing 777, com 239 pessoas a bordo, de várias nacionalidades, a
maioria chinesas, viajava entre Kuala Lumpur e Pequim quando desapareceu
dos radares na madrugada de sábado (tarde de sexta-feira no horário de
Brasília).
As buscas cobrem atualmente 27.000 milhas náuticas (quase 90.000
quilômetros quadrados, o que praticamente equivale à superfície de
Portugal). Doze países, incluindo Estados Unidos, China e Japão,
participam nas operações.
AFP
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