Mulher apontada como mandante da morte de modelo é condenada a 20 anos de prisão

Ana Paulo foi condenada a 20 anos

Após 10 horas de julgamento, o júri formado por homens e mulheres decidiu condenar a 20 de prisão, Ana Paula Teodósio de Carvalho, apontada como mandante da morte do modelo Dalmi Barbosa Filho. O assassinato do jovem ocorreu em dezembro de 2012, na cidade de Santa Rita, na Grande João Pessoa. A sentença saiu na noite desta quinta-feira (20) e foi lida pela juíza Lilia Cananeira, no Fórum Criminal da cidade.

"A família está mais confortável, apesar de saber que isso não trará mais a vida do meu irmão. A justiça foi feita e os acusados agora vão pagar pelo crime. Todos os envolvidos no processo foram condenados pelo assassinato. A justiça tarda, mas não falha", comemorou Daniel Evangelista Barbosa, irmão do modelo.

Ana Paula Teodósio foi levada para a penitenciária feminina Júlia Maranhão, em João Pessoa, onde deverá cumpria a pena em regime fechado. Ela já estava recolhida na unidade prisional antes do julgamento.

Além de Ana Paula, foram condenados Mateus Alves da Silva, a 17 anos de prisão. Ele é acusado de dirigir o carro usado no crime. O auxiliar de serviços gerais Júlio César Xavier do Nascimento, foi condenado a 17 anos. O jovem foi o responsável pelos disparos.

A Polícia Civil da Paraíba desvendou o assassinato, que ficou conhecido como 'Caso Dalmir', cerca de um mês depois. À época, o delegado de Homicídios, Pedro Ivo, revelou durante entrevista coletiva que Ana Paula nutria um amor obsessivo e não correspondido pela noiva do modelo, Raquel Teófilo Sousa. Para execução do crime, Ana Paula teria prometido R$ 500 para matar o jovem.

Mente doentia

Ana Paula Teodósio de Carvalho, segundo inquérito da Polícia Civil, admitiu ser homossexual e que teria fantasiado um relacionamento com a noiva da vítima. Ela teria oferecido vários presentes a Raquel Teófilo Sousa, há alguns meses antes do crime, entre eles um iPhone e uma promessa de emprego fixo. Ana Paula se diz uma pessoa "muito articulada nos meios políticos, judiciário e policial".

O crime

O crime foi articulado há meses pela mentora. Os condenados tentaram matar a vítima três vezes, mas nunca o encontravam. No último dia 22 de dezembro o crime foi consumado. Mateus foi à academia que a vítima frequentrava. Quando Dalmi voltava à sua residência, que ficava a 400 metros da academia, ele foi abordado pelos outros comparsas que chegaram em Siena, de cor prata, que a Polícia descobriu pertencer à mandante. O crime aconteceu na rua José Vitelino da Rocha, na cidade de Santa Rita (a 11 quilômetros da Capital).

A vítima foi atingida com três tiros - sendo um no braço e dois na cabeça. O Serviço de Atendimento Móvel Urbano (Samu) ainda chegou a ir ao local, mas encontrou a vítima morta. Os bandidos fugiram levando apenas o celular de Dalmi.

A Polícia ainda descobriu que os acusados, após o crime, devolveram o veículo a mandante na praça do Coqueiral, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. Ana Paula chegou a sustentar para a Polícia que no momento do crime estava em um dentista. O álibi não se sustentou.

A operação para prender o quarteto foi denominada "Operação Castor" em alusão a mulher americana, Stacey Castor, que foi presa em 2007 por matar dois maridos.
Modelo foi assassinado em 2012
Foto: Modelo foi assassinado em 2012

Créditos: Montagem Portal Correio

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