A poucos dias de completar um ano à frente da Igreja Católica, o
Papa Francisco está entre os candidatos ao Nobel da Paz, disse nesta
quarta-feira, 05 de março, o diretor do Instituto Nobel de Oslo, Geir
Lundestad. Em uma entrevista exclusiva publicada nesta manhã em um
jornal italiano, o pontífice fez um balanço de um ano do seu papado e
disse que é uma "pessoa normal". O prestigiado Prêmio Nobel da Paz tem uma lista com outros 277 nomes.
Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, o pontífice falou sobre o mito criado em torno de sua personalidade.
"Eu
gosto de estar no meio das pessoas, junto aos que sofrem e ir até as
paróquias. Sigmund Freud dizia que cada idealização é uma agressão. Acho
ofensiva a imagem do Papa como uma espécie de super-homem. O papa é um
homem que ri, chora, dorme tranquilo e tem amigos como todos. Uma pessoa
normal", disse o pontífice.
Sobre o casamento o Papa reiterou
que o matrimônio é "entre um homem e uma mulher" e disse que muitos
países regularizam a situação de casais não casados perante a igreja.
"Temos que ver caso a caso e analisar sua diversidade". Quando
perguntado se sentia saudade da Argentina, ele disse que nãor, mas que
gostaria de visitar a irmã que está doente, mas que não deve vir a
América Latina antes de 2016. "Agora devo ir a Terra Santa, Àsia e Àfrica", contou.
Marxista O
pontífice também se defendeu de acusações de que seria marxista dizendo
que não seguia a ideologia, mas que "conhecia muitas pessoas boas que
professavam o marxismo". O Papa Francisco também falou sobre as acusações de pedofilia e maltrato infantil por parte da Igreja.
"Os
casos de abusos são fortíssimos porque deixam feridas muito profundas. O
Papa Bento foi muito corajoso e abriu caminhos. E, seguindo este
caminho, a Igreja avançou bastante".
O líder da igreja católica
disse que o papado o pegou de surpresa "em março passado, que não tinha
nenhum plano para mudar a Igreja. Não esperava, assim por dizer, uma
mudança de arquidioceses". Mulheres Sobre
a globalização, o papa disse que ela "salvou muita gente da miséria,
mas condenou muitas outras a morrerem de fome, porque o sistema
econômico é seletivo".
O Papa também admitiu que as mulheres
devem ter um papel mais importante dentro da igreja. "É verdade que a
mulher pode e deve estar mais presente nos postos de decisão da igreja". A entrevista foi publicada nesta quarta-feira, 05 de março, no
jornal italiano Corriere della Sera, a poucos dias de Francisco
completar um ano de papado. Clarín
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