Três policiais militares do Rio Grande do
Norte estão entre os cinco presos durante operação deflagrada nesta
sexta-feira (7) pela Divisão Especializada de Investigação e Combate ao
Crime Organizado (Deicor). Segundo a delegada Sheila Freitas, todos são
suspeitos de integrarem uma quadrilha que vinha praticando extorsão mediante
sequestro contra comerciantes em Natal. A operação Kidnap (em inglês, raptar)
foi comandada pelas delegadas Sheila Freitas e Danielle Filgueira.
Os presos são dois soldados e um cabo da reserva da PM,
um taxista e um entregador. De acordo com a delegada Sheila Freitas, os
suspeitos abordavam comerciantes, geralmente donos de lojas de suplementos
alimentares, se passando por policiais civis com distintivo e armas de grosso
calibre. Eles alegavam que as vítimas estavam vendendo produtos ilegais.
Os
suspeitos detinham as pessoas, colocavam dentro de um carro e no caminho faziam
ameaças e extorquiam pedindo altas quantias em dinheiro para que as estas não
fossem presas. “Os alvos eram escolhidos a dedo pela quadrilha, eles
investigavam a vida dessas pessoas para saber se elas tinham algum poder
aquisitivo”, explicou.
A
quadrilha pedia altas quantias e dava um curto espaço de tempo para o
pagamento. Os valores variavam entre R$ 30 mil a R$ 200 mil. Na Deicor já
existem seis inquéritos instaurados para investigar as ações dos suspeitos.
Prisões
Nesta
sexta foram cumpridos três mandados de prisão temporária e sete de busca e
apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal de Natal. Os mandados foram
cumpridos nas cidades de Natal e São Gonçalo do Amarante, na região
metropolitana.
O cabo
da reserva foi preso na última sexta-feira (28) em flagrante pegando dinheiro
de extorsão e o entregador foi preso nesta quinta-feira (6). Com eles foram
apreendidos vários potes de suplementes alimentares para atletas, além de uma
vasta quantia em dinheiro, nove armas de fogo, munições, capuzes e um
distintivo da Polícia Civil.
Investigação
As investigações
da Deicor já duram quatro meses. A delegada Sheila Freitas acredita que o
bando vinha agindo há muito tempo devido a quantidade de bens de alguns dos
suspeitos. Alguns deles, segundo ela, possuíam carros de luxo, joias e objetos
de valor. Ela também afirmou que ainda há outros envolvidos no bando a serem
presos pela polícia.
A delegada acrescenta que esse é um tipo de crime no qual a vítima tem medo de denunciar à polícia. “As pessoas ficam amedrontadas, pois os acusados chegam a ir na casa das vítimas, faziam pressão psicológica, tomavam os carros como penhora para o pagamento do valor extorquido, então algumas das vítimas chegam a mudar de cidade e até de país”, disse.
A delegada acrescenta que esse é um tipo de crime no qual a vítima tem medo de denunciar à polícia. “As pessoas ficam amedrontadas, pois os acusados chegam a ir na casa das vítimas, faziam pressão psicológica, tomavam os carros como penhora para o pagamento do valor extorquido, então algumas das vítimas chegam a mudar de cidade e até de país”, disse.
Os presos na operação foram autuados por extorsão
mediante sequestro, roubo, usurpação da função pública, porte ilegal de armas e
munições e formação de quadrilha. Um dos PMs detidos já respondeu na Justiça
por extorsão.
Do G1 RN
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