Como você sabe, o
misterioso desaparecimento do voo MH370 da companhia Malaysia Airways
está dando o que falar e, até o momento da publicação desta matéria, seu
paradeiro continuava sendo desconhecido.
Contudo, apesar de o
sumiço de aeronaves ser algo bem raro, isso não significa que não
existam casos que jamais foram solucionados.
Aliás, um deles ocorreu em 1979 e envolveu um avião brasileiro.
O voo 967 da Varig
decolou no dia 30 de janeiro do aeroporto de Narita, em Tóquio, e faria
uma escala nos EUA antes de pousar em seu destino final, no Rio de
Janeiro. Entre outros itens, o cargueiro — um Boeing 707-323C —
transportava 153 quadros do pintor Manabu Mabe que haviam ficado em
exposição no Japão e, na época, as obras foram avaliadas em US$ 1,24
milhão.
Desaparecimento
O comandante da
aeronave, Gilberto Araújo da Silva, contatou a torre de controle 22
minutos após a decolagem para informar que tudo transcorria bem. Mas um
segundo contato deveria ter sido realizado uma hora mais tarde, e isso
nunca aconteceu. O avião simplesmente desapareceu de todos radares.
O avião da Varig
desapareceu sem deixar vestígios enquanto sobrevoava o Oceano Pacífico
após ter partido do Japão e, apesar das intensas buscas realizadas na
área, as equipes jamais encontraram nenhum corpo, parte da fuselagem,
manchas de óleo ou destroços que dessem alguma pista do que possa ter
acontecido. Além do comandante, outras cinco pessoas faziam parte da
tripulação.
Teorias
Os investigadores
concluíram na época que a aeronave caiu no Oceano Pacífico
aproximadamente 45 minutos após a decolagem devido a uma
despressurização. Contudo, como sempre acontece nesses casos, várias
teorias da conspiração foram formuladas para tentar explicar o sumiço do
voo 967. Uma hipótese levantada foi a de sequestro a mando de
colecionadores de arte, pois a aeronave transportava obras valiosas no
porão.
Contudo, nenhum dos
quadros apareceu até hoje. Outra teoria foi a de que o Boeing teria sido
abatido pelos soviéticos por supostamente estar transportando um caça
russo desmontado aos EUA ou, ainda, que, ao sobrevoar a costa da Rússia,
o avião teria sido forçado a aterrissar e a tripulação foi assassinada.
E, evidentemente, também existem as hipóteses de que a aeronave foi
abduzida por extraterrestres ou atravessou um portal para outra
dimensão.
Entretanto, entre as
teorias mais plausíveis está a de que, após o avião da Varig alcançar a
altitude de cruzeiro, a despressurização da cabine teria sufocado a
tripulação. Assim, eles teriam voado durante horas com o piloto
automático até a aeronave ficar sem combustível e despencar em algum
lugar muito distante das áreas nas quais as buscas foram conduzidas.
Fato curioso
Além de o sumiço do voo
967 da Varig ter se tornado um dos maiores mistérios da história da
aviação mundial, o comandante Araújo também ficou conhecido por ser um
dos raros pilotos envolvidos em dois acidentes com vítimas fatais. Isso
porque, alguns anos antes do desaparecimento da aeronave, o comandante
evitou uma enorme tragédia na França.
O avião que pilotava —
que havia partido do Rio de Janeiro com destino a Paris — entrou em
chamas e, para evitar que a aeronave caísse no meio da cidade e, assim,
provocasse um estrago maior e com mais vítimas, Araújo informou a torre
de controle sobre a situação, mudou a rota e caiu sobre uma plantação de
cebolas nos subúrbios da capital. O acidente deixou 123 mortos, e o
comandante foi condecorado como herói nacional na França.
Fonte:Diamanteonline
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