O
sistema de cotas foi criado pensando em beneficiar algumas classes
consideradas menos favorecidas. Mas, o negócio parece ter virado ‘moda’ e
agora tem deputado querendo que as reservas se estendam também para os
evangélicos. A ideia partiu do parlamentar do Espírito Santo, Rogério
Medina (PMDB), que sugeriu cota de 10% das vagas em concursos públicos
para quem é evangélico.
O autor do projeto alega que os
evangélicos são vítimas de preconceito nos departamentos de recursos
humanos das empresas privadas. Chegou a afirmar em discurso que “por
sermos tementes a lei de Deus e não nos envolvermos em maracutaias os
gestores sempre optam por católicos e até mesmo umbandistas na hora de
contratar alguém”.
O projeto segue agora para a comissão de
constituição e justiça e se for aprovado vai ser votado em novembro.
Caso se torne lei os concurseiros deverão apresentar certidão de batismo
e declaração assinada pelo pastor atestando a atuação religiosa do
candidato. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil se manifestou
dizendo que o projeto “é vergonhoso, preconceituoso e fruto do
oportunismo barato de pastores neopentecostais”.
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