Memória Política
O Congresso Nacional realizou nesta segunda-feira, 24 de março, Sessão
Solene para comemorar o centenário de nascimento de João Agripino Filho,
que foi deputado, ministro, senador e governador da Paraíba. O senador
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e o deputado Ruy Carneiro (PSDB-PB)
assinaram o ofício para a homenagem, que aconteceu no Plenário do
Senado.
À sessão compareceram parlamentares, familiares de João Agripino, como o
filho, que falou em nome da família, netos e admiradores do
homenageado.
ANOS DE CHUMBO – “Fazer justiça à História é a maneira mais simples
de homenagear o ex-deputado, ex-senador, ex-ministro e ex-governador
João Agripino Filho, que se vivo estivesse contaria 100 anos” – disse
Cássio. O senador lembrou episódios nos quais Agripino desafiou o poder
central, nos anos de chumbo da ditadura, para defender a Paraíba e os
paraibanos. Registrou, também, a altivez e a coragem de João, que sempre
enfrentou autoridades militares quando estas interferiram na sua
administração.
Os senadores Cícero Lucena (PSDB-PB), Cristovam Buarque (PDT-DF) e José
Agripino Maia (DEM-RN), este último parente de João Agripino Filho,
também subiram à tribuna e homenagearam o ex-governador.
TEMPERAMENTO – João Agripino Neto lembrou os cargos ocupados pelo pai e o
temperamento forte que ele imprimiu às funções que desempenhou. E
contou episódios que ilustravam situações em que a personalidade do pai
foi decisiva para impedir arbitrariedades ou para cobrar benfeitorias à
Paraíba.
Cássio disse que “pragmático, direto, incisivo, Agripino nos ensinou que
qualquer político que se distancie das aspirações populares é um homem
condenado à morte política. E porque nunca se divorciou do povo, João
Agripino Filho é o político que ainda vive depois de sepultado. A prova
de que, por ocasião dos 100 anos de seu nascimento, o político Agripino
não morreu é a atualidade vibrante do seu exemplo de seriedade e
retidão. Afinal – disse Cunha Lima – a biografia de João Agripino Filho
nos convence de que, como disse Guimarães Rosa, em Grande Sertão:
Veredas, o que a vida quer da gente é coragem!
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