Pouco municiado à frente, Fred tenta ajudar na marcação e se atrapalha em jogo que teve ainda bonitos toques de calcanhar e incentivo do público antes, durante e depois
Com
mais de 50 mil pessoas, a torcida do Fluminense encheu o Maracanã no
sábado para ver novo show do time na estreia do segundo uniforme. Só que
precisou se contentar apenas com a roupa nova. As atuações de destaque
nos quatro jogos anteriores deram lugar à primeira partida ruim sob o
comando de Cristóvão Borges. Fred se atrapalhou na hora de ajudar a
defesa, os jogadores abusaram da bola aérea, acabou vítima do
contra-ataque e o resultado foi a inesperada derrota por 2 a 1 para o
Vitória (veja os lances no vídeo acima). Placar que
tirou o Tricolor da liderança do Campeonato Brasileiro. Mas mesmo com o
cenário negativo, houve espaços para apoio até para quem já foi muito
contestado anteriormente.
Fred como peixe fora d'água
O
negócio do atacante é fazer gol, mas o que fazer quando a bola não
chega? Fred viveu esse dilema contra o Vitória, no Maracanã. O camisa 9
tricolor teve só duas finalizações em todos os 90 minutos. Isso no
último jogo antes da convocação final de Felipão para a Copa do Mundo,
lista que sai na próxima quarta-feira. Para mostrar serviço, tentou
ajudar na marcação e deu um pique até a defesa para dar carrinho. Mas
marcar não é a dele. Numa saída de bola do adversário, fez falta e levou
cartão amarelo. Mas o mais trágico foi quando tentou cortar um chute de
Marquinhos. Na área para colaborar na bola aérea, o centroavante
desviou o rebote de leve e tirou Cavalieri da bola no primeiro gol
sofrido pela equipe.
Toques de classe
A
boa atuação não aconteceu, mas os jogadores até que tentaram repetir os
lances de qualidade produzidos pela equipe nos últimos jogos. Não foi
aquela pintura de Rafael Sobis, em triangulação perfeita com Fred e
Sobis, contra o Figueirense na estreia do Brasileiro. Foi algo mais
humilde, só que também plástico. Toques de calcanhar roubaram a cena
enquanto o placar ainda estava em branco. Muitas vezes inesperado, o
passe é arma para surpreender defesas bem fechadas. Sobis, Fred e Conca
demonstraram suas habilidades em jogadas que algumas vezes levavam
perigo. Mas não passou disso.
Chuveirinhos e a Aula de contra-ataque
Contra
um Vitória fortemente armado na defesa, e o pouco sucesso nas
tentativas de tabela, o Fluminense passou a insistir no chuveirinho. Ou
melhor, abusar do recurso. Foram 28 bolas aéreas no total contra só
cinco do adversário. E o pior é que os tricolores só conseguiram três
cabeçadas, nenhuma com perigo. A maioria foi cortada pela zaga baiana. E
o Flu pagou por isso. Justamente numa jogada aérea, a sobre virou um
contra-ataque mortal que culminou no gol do triunfo dos visitantes no
Maracanã.
apoio aos zagueiros
A
zaga do Fluminense é o setor mais contestado pela torcida nos últimos
anos, mas a relação entre zagueiros e arquibancada ganhou um momento de
trégua neste início de Campeonato Brasileiro. Antes da derrota para o
Vitória, o time chegou a ficar quatro jogos - sendo dois pela Copa do
Brasil - sem ser vazado. A fase era tão boa que Gum e Elivélton ganharam
muitos aplausos durante a partida no Maracanã. Seja por uma roubada de
bola ou por um simples domínio no peito. Os gols do adversário, porém,
estragaram a noite dos defensores, mas eles ao menos escaparam das vaias
dos tempos de crítica.
Roupa nova
+
Os
supersticiosos podem não ter gostado, mas o Fluminense estreou sua
roupa nova na derrota para o Vitória no Maracanã. O Uniforme número dois
é branco, com uma faixa vertical verde e grená no meio. Inspiração na
Máquina Tricolor, célebre time doas Laranjeiras que marcou época a
partir de 1975. O modelo lembra muito aquele que a principal concorrente
da fornecedora de material esportivo do Flu fez para a seleção de
Portugal jogar a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Já a camisa
número 1, tricolor, não deve mudar nesta temporada.
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