O número de
ações criminosas contra agências bancárias aumentou 196,9% na Paraíba e o
estado registrou o quinto maior índice total de ataques no país. Os
dados comparam o primeiro semestre de 2013 com o mesmo período do ano
passado, mostrando que triplicou de 32 para 95 a quantidade de crimes
deste tipo.
O levantamento
foi divulgado nesta quinta-feira (22), elaborado pela Confederação
Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
A Secretaria de
Estado da Segurança e Defesa Social (Seds) enviou nota ao G1 às 15h
informando que mais de 300 pessoas foram presas no período da pesquisa,
inclusive um PM suspeito de comandar uma quadrilha.
Confira aqui o levantamento completo.
Conforme os
dados, a Paraíba ficou atrás apenas dos estados de São Paulo (334
ataques), Minas Gerais (170), Paraná (118) e Bahia (117), sendo também o
segundo estado com maior índice no Nordeste. O estudo subdivide as
ações em duas categorias, sendo 71 arrombamentos e 24 assaltos na
Paraíba. O número de assaltos aumentou 41,2% sobre as 17 ações do mesmo
período do ano anterior, enquanto os arrombamentos cresceram 373,3% em
relação aos 15 crimes registrados no ano passado.
Em todo o país,
foram registradas pelo relatório 1.484 ocorrências neste primeiro
semestre, uma média de 8,24 por dia, representando um crescimento de
17,7% no número de ataques a bancos em relação ao mesmo período do ano
passado.
Um documento
com os dados obtidos foi encaminhado ao Ministério da Justiça. “Vamos
cobrar providências do ministro para combater as mortes e os ataques a
bancos que ocorrem por descaso dos bancos, uma vez que eles preferem
fazer a gestão do lucro em detrimento da proteção da vida de
trabalhadores e clientes”, destacou o presidente da Contraf-CUT, Carlos
Cordeiro.
Segundo o
presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da
Paraíba, Marcos Henriques, falta investimento público e privado para
melhorias de segurança no estado. “Isso reflete duas coisas. Primeiro, a
falta de investimento dos bancos em políticas preventivas. Segundo, o
déficit de policiais na segurança pública. A partir do momento que se
tem um número crescente de violência, mostra a ineficiência dos bancos e
do governo”, afirmou.
Segundo o
sindicalista, os bancos também têm apenas até o fim deste mês para
adequarem-se ao projeto de lei estadual que obriga a realização do
monitoramento por câmeras de segurança em tempo real na parte externa
das agências bancárias.
Resposta da Secretaria
Em nota enviada
para o G1, a Seds destacou que “no primeiro semestre de 2013 várias
quadrilhas acusadas da autoria de ocorrências envolvendo instituições
bancárias já foram presas”. Neste período, o estado “também ampliou a
articulação com os outros estados, através da Operação Divisa Segura,
que está incorporada no planejamento operacional da Seds e engloba todas
as polícias civis e militares dos nove estados do Nordeste”. Segundo a
nota, atualmente a Paraíba coordena esta operação.
A nota segue
descrevendo que “em várias ações, mais de 300 criminosos já foram
presos, inclusive um policial militar acusado de chefiar uma quadrilha
de ataques a bancos”. “A Seds também está desenvolvendo operações em
conjunto com o Exército Brasileiro atuando na fiscalização do uso
explosivos”, complemento
Portal Vale do Piancó Notícias com G1
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