
As
equipes do Unipê, Sociedade Brasileira de Cardiologia e Secretaria de
Saúde do Municípios – entidades parceiras na programação – realizaram
avaliação dos ‘pés do diabético’ e deram orientações sobre a doença,
aplicaram testes de sensibilidade, testes de glicemia capilar,
verificação de pressão arterial, avaliação antropométrica, teste
Fargerstrom (que verifica o grau de dependência de nicotina) e deram
orientação nutricional e sobre o Tabagismo.
Um
dos primeiros a ser atendido foi o ambulante José Estélio da Silva, 63
anos, que mora no Bairro de Jaguaribe. Com complicações de pressão
arterial, tranquilizou após o teste mostrar índices normais. O sargento
reformado da Polícia Militar, Mário Trajano de Oliveira, 61 anos, também
procurou o serviço gratuito: “Vou esperar para ser atendido em todos os
outros serviços, vou aproveitar essa comodidade”.
A
comerciante Maria das Graças Modesto, 52 anos, que reside no Centro da
Capital, também esteve na tenda montada pelo Governo do Estado e
certificou-se que as taxas estão normais: “Verifiquei minha pressão
arterial e a glicemia e graças a Deus está tudo bem. Foi boa a ideia de
disponibilizar esse atendimento prático e rápido”.
Prevenção
– Depois que descobriu que tinha diabetes há cerca de três anos, a
aposentada Maria Salete de Farias, 70 anos, afirmou que redobrou os
cuidados com a saúde e, ontem, no Ponto de Cem Réis fez a avaliação dos
pés. Segundo a enfermeira Genilde Campos, responsável pelo atendimento,
Maria Salete apresenta alteração óssea e perdeu parte da sensibilidade
dos pés, o que é comum ao portador de diabetes. Assim a comerciante foi
orientada a usar calçados mais confortáveis e folgados para evitar
ferimentos e machucões que podem necrosar.

Ação permanente
– Na Paraíba, segundo informou Gerlane Carvalho de Oliveira,
Coordenadora do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da
Secretaria de Estado da Saúde, o Governo do Estado desenvolve uma série
de ações e políticas públicas de prevenção e combate à doença com a
realização de exames e orientações médicas para alertar a população
sobre os malefícios da diabetes. O Estado também desenvolve capacitação
de saúde prisional instruindo os profissionais de saúde que trabalham
com detentos a realizar ações de saúde nas unidades prisionais.
“Também
consta na programação deste ano a realização do Seminário sobre Doenças
e Agravos Não Transmissíveis da SES com capacitação para profissionais
de saúde de todo o Estado onde será abordada a temática do diabetes
entre outras doenças, e o Seminário de Manejo Clínico (que orienta os
profissionais de saúde sobre a tramitação no tratamento do diabético)”,
afirmou Gerlane Carvalho.
O
diabetes é uma síndrome metabólica caracterizada pelo excesso de
glicose no sangue. O problema é causado pela redução ou falta de
insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas. A enfermidade pode
ocasionar diversas complicações, entre as quais, cegueira, derrame
cerebral, impotência sexual, infecções e insuficiência renal. A Diabetes
Mellitus está entre as 5 doenças que mais matam, chegando cada vez mais
ao topo da lista.
O
diagnóstico precoce, seguido do controle do nível de açúcar no sangue,
contribui para a prevenção desses males. Hereditariedade, obesidade,
infecções graves, gravidez, cirurgias, estresse, envelhecimento e
sedentarismo são alguns dos fatores que concorrem para o aparecimento do
diabetes. A enfermidade apresenta alguns sintomas: sede exagerada,
perda de peso, muita fome, desânimo, fadiga, tremores, visão embaraçada e
cicatrização difícil, entre outros
Existem
dois tipos de diabetes: insulino dependente (1) e não insulino
dependente (2). O tipo 1 é mais comum em crianças, adolescentes e
adultos jovens, acometendo de 5% a 10% das pessoas que sofrem da doença.
Os sintomas têm início súbito e a evolução clínica é rápida, se não for
tratado com aplicações de insulina.
Já
o tipo 2 tem uma incidência maior em adultos após os 40 anos e
corresponde a 90% das pessoas que sofrem da doença. Entre os portadores
do tipo 2, entre 60% e 90% são obesos. Ao contrário do tipo 1, neste
caso os sintomas têm início lentamente, podendo a doença permanecer
assintomática por muito tempo.

Alguns
pacientes ainda fazem uso de dois tipos especiais de insulina: as
insulinas basais e as de ação rápida. As primeiras são aplicadas no
início da manhã ou no final do dia. Já as doses de insulina de ação
rápida são aplicadas antes das refeições: do café, do almoço e do
jantar.
Ainda
segundo o Ministério da Saúde, o hábito alimentar também pode
prejudicar o tratamento, pois muitas vezes os v diabéticos têm o hábito
de comer massas e os carboidratos afetam diretamente a produção de
glicose e, consequentemente, a alteração das taxas de diabetes.
O
Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela International Diabetes
Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS),
como uma resposta ao crescente número de casos em todo o mundo. De
acordo com a OMS Pelo menos 245 milhões de pessoas têm diabetes e um
alto percentual vive em países em desenvolvimento. Em 30 anos, este
número deve chegar a 380 milhões. No Brasil, cerca de 10 milhões de
pessoas são portadoras da doença e 500 novos casos surgem a cada dia. O
objetivo desta data é chamar a atenção, sobretudo no que diz respeito ao
acesso à sua prevenção e tratamento adequados e de qualidade para
evitar complicações mais severas, reduzindo o impacto sobre os
indivíduos, famílias e custos para os sistemas de saúde e para a
sociedade em geral.
Dados –
De acordo com a estimativa do Ministério da Saúde, baseado no Pacto
pela Saúde, cerca de 5,3% da população da Capital e do Estado é
diabética: Na Paraíba são 199.626 diabéticos e em João Pessoa 38.346
diabéticos para uma população de 3.766.528 habitante e 723.515
habitantes, respectivamente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE). Ainda segundo dados da Secretaria de Estado da
Saúde (SES) a doença foi responsável por 1.931, em 2011 e 1.722 em 2012 e
e este ano foram registrados 1.277. Em João Pessoa foram 445 óbitos em
2011; 377 em 2012 e 289 em 2013. Os pacientes Diabéticos poderão ser
atendidos e acompanhados nas unidades de saúde do município e, em caso
de intercorrências, em qualquer hospital público ou privado.
Segundo
a pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) a tendência de diabetes está
crescendo na Paraíba, acompanhando a tendência Nacional. Em mulheres, o
percentual subiu de 5,7%, em 2011, para 6,4% em 2012. Apesar do
aumento, a prevalência de homens que informaram ter a doença na Paraíba é
de 5,4%, continuando inferior a das mulheres.
Medicamentos –
O Governo Federal lançou o ‘Saúde Não Tem Preço’ que garante a
gratuidade dos medicamentos para hipertensão e diabetes nas Farmácias
Populares. A ação beneficia 33 milhões de brasileiros hipertensos e 7,5
milhões de diabéticos. Além de ajudar no orçamento das famílias mais
humildes, que comprometem 12% de suas rendas com medicações. Para ter
acesso aos medicamentos é preciso apenas ir até uma farmácia da rede
Aqui Tem Farmácia Popular com o CPF, documento com foto e receita médica
válida da rede pública ou particular. São mais de 17 mil farmácias
conveniadas em todo Brasil.
Secom-PB
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