Em nota a Compesa afirma que cerca de 80 mil sertanejos deixaram para
trás o sofrimento trazido pela maior estiagem das últimas décadas. Desde
o último sábado (30), Afogados da Ingazeira e Tabira, no Sertão,
começaram a ser abastecidas pela Adutora do Pajeú, pondo fim a um
rigoroso racionamento enfrentado pelos dois municípios há mais de 60
dias. Ambos estão no final deste tramo da adutora, que compreende a
primeira etapa do empreendimento. Outras nove cidades devem ser
beneficiadas na segunda etapa da obra.
Como as operações estão apenas começando, será preciso ao menos uma
semana para regularizar o abastecimento em Afogados da Ingazeira e
Tabira. Inicialmente, a água está chegando à Estação de Tratamento de
Água de Afogados com uma vazão de 102 litros por segundo. A expectativa é
que essa vazão seja ampliada para 120 litros por segundo quando o
sistema estiver funcionando plenamente, após a fase de adequações.
Com o colapso da Barragem de Brotas, manancial que atende as duas
cidades, o abastecimento vinha sendo realizado pelos poços do Sistema Zé
Dantas. Agora, a Adutora do Pajeú surge para complementar esses
sistemas e garantir água de qualidade para a região, que receberá água
tanto da adutora quanto de Brotas, quando esta for normalizada.
“Afogados e Tabira não suportavam mais as consequências da seca. Por
isso, a Adutora do Pajeú está sendo recebida com festa, por ser a
salvação desses municípios”, colocou o diretor regional do Sertão da
Compesa, Fernando Lôbo.
Além de Afogados e Tabira, os municípios de Serra Talhada, Flores,
Carnaíba, Quixaba e o distrito de Carqueja estão recebendo água do São
Francisco através da Adutora do Pajeú. O sistema, que foi executado pelo
Dnocs e está sendo operado pela Compesa, possui 200 quilômetros de
extensão e seis estações elevatórias. Na segunda etapa, deverão ser
contempladas as cidades de Triunfo, Santa Cruz da Baixa Verde,
Ingazeira, Iguaraci, Tuparetama, Santa Terezinha, São José do Egito,
Itapetim e Brejinho.
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