A sessão ordinária da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), nesta
terça-feira (10), ficou marcada por discursos contundentes sobre vários
temas. Entre eles, o problema da seca, incluindo a ausência de
abastecimento de água em alguns municípios e denúncia relativa à
distribuição de água contaminada por carros-pipas. Os deputados ainda
abordaram a apresentação de emendas para o orçamento estadual de 2014 e o
enfrentamento a violência contra a mulher, além da realização de
audiência pública para discutir as contas do governador.
Durante a sessão, os parlamentares prestaram um minuto de silêncio em
homenagem ao ex-presidente da África do Sul e defensor da igualdade
racial, Nelson Mandela. De volta ao plenário após licença de 30 dias
para tratamento médico, o deputado Branco Mendes (PEN) ocupou a tribuna
para cobrar explicações sobre denúncia exibida em rede nacional, na
última semana, de que vítimas da seca na região Nordeste estariam
recebendo água contaminada em caminhões-pipa.
Segundo o parlamentar, o Exército Brasileiro, que é responsável por
coordenar a operação “Carro-Pipa”, em conjunto com Estados e municípios,
precisam vir a público se explicar. “Eu achei uma aberração, donos de
carros-pipas retirarem água de mananciais secos, sem condições e com
água insalubre para o abastecimento. Além disso, os governos Federal e
Estadual precisam tomar uma providência com relação a isso”, alegou
Branco.
Carlos Batinga (PSC) também abordou o tema seca. Ele se solidarizou com a
população de Taperoá, que sofre há dias com a falta de abastecimento de
água. Segundo o deputado, há ausência de ações do governo no tocante a
regularização da distribuição da água. O parlamentar também questionou a
cassação dos mandatos do prefeito e do vice-prefeito de Taperoá,
Jurandi Gouveia de Farias e Francisco Antônio da Silva Filho, por parte
do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB).
“Temos essa situação complicada em relação ao abastecimento de água no
município em todo o Nordeste e, ainda por cima, a cidade passa por
insegurança jurídica grande, devido à cassação do prefeito. Há um
sentimento de desespero da população local. É uma situação muito
difícil”, argumentou.
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