Governador Ricardo Coutinho veta quinze projetos de deputados estaduais
12/19/2013 12:11:00 PM
O Diário Oficial desta quarta-feira (18) publicou quinze vetos do
governador Ricardo Coutinho (PSB) a projetos de deputados estaduais. O projeto de autoria do deputado Frei Anastácio (PT) que dispõe
sobre a expedição de títulos de propriedade de terra aos remanescentes
de comunidade quilombolas no território da Paraíba foi vetado pelo
governador por se tratar de matéria já regulamentada pelo governo
federal. Em suas razões do veto, o socialista sustenta também que o
benefício encerra um conjunto de despesas, não se apontando recursos
para fazer face às respectivas despesas. O projeto do deputado Caio Roberto (PR), que determina a
convocação dos candidatos aprovados dentro do prazo de validade do
concurso público também foi alvo de veto do chefe do executivo estadual.
Apesar de considerar o projeto “louvável”, o projeto de lei “não pode
ser sancionado por conter omissões e incongruências que podem prejudicar
futuros certames e que atingem princípios regentes da administração
pública, tais como discricionariedade e o da supremacia do interesse
público”. De autoria do deputado João Henrique, o projeto que dispõe
sobre a criação de cota de 5% em cursos técnicos e profissionalizantes
da Rede Pública Estadual para adolescentes egressos de abrigos, casas
lares ou de instituições congêneres foi vetado por se tratar de
iniciativa exclusiva do governador as leis que disponham sobre
atribuições das secretarias e órgãos da administração e seus serviços
públicos realizados. O deputado estadual Vituriano de Abreu (PSC) teve quatro
projetos vetados por Ricardo Coutinho. O primeiro diz respeito à
proibição de cobrança de taxa de religação de energia elétrica em caso
de suspensão do fornecimento por falta de pagamento por ser uma matéria
de competência legislativa exclusiva da União. O segundo projeto que
dispõe sobre o pagamento de indenização pelas instituições bancárias aos
seus usuários por apresentar vícios de inconstitucionalidade. O
terceiro projeto que dispõe sobre a concessão de gratuidade nos
estacionamentos públicos, privados ou delegados ao particular às pessoas
portadoras de necessidades especiais, idosas e gestantes foi vetado por
também ser inconstitucional. O quarto projeto que dispõe sobre a
proibição de estipulação de prazo mínimo por parte das empresas
concessionárias , sediadas no Estado da Paraíba, que explorem serviços
de telefonia, de TV por assinatura foi vetado por ser inconstitucional. A deputada Daniella Ribeiro (PP) teve três projetos vetados. O
primeiro, que estabelece normas para fragmentação, decomposição e
publicação de todas as fases do processo licitatório, foi vetado por ser
considerado inconstitucional e contrário ao interesse público. A
segunda matéria que visava assegurar o acesso às técnicas de preservação
de gametas e ao tratamento para a procriação medicamente assistida aos
pacientes em idade reprodutiva submetidos ao tratamento de câncer no
âmbito do Estado foi vetado por também apresentar vícios de
inconstitucionalidade. O terceiro projeto que pretendia estabelecer a
obrigatoriedade das concessionárias que comercializam veículos novos de
alertarem o adquirente acerca das alterações que porventura venham a
ocorrer nos modelos do veículo nos 120 dias posteriores à compra e venda
foi vetado por ser “contrário ao interesse público”. O projeto que dispõe sobre o planejamento e comunicação de
obras realizadas em rodovias e vias públicas que abrangem as regiões
metropolitanas e aglomerados urbanos, de autoria do deputado Assis
Quintans (DEM), foi vetado por ser considerado inconstitucional. O deputado estadual Domiciano Cabral (DEM) teve seu projeto que
disciplina as atividades dos despachantes documentalistas junto ao
Detran vetado por apresentar vícios de inconstitucionalidade. O petista Anísio Maia também teve três projetos vetados pelo
governador Ricardo Coutinho. O primeiro visava garantir tratamento
isonômico entre as empresas que produzem, comercializam e distribuem
produtos da cesta básica e aquelas beneficiadas por recursos oriundos do
Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Industrial da Paraíba (FAIN). De
acordo com o socialista, a matéria é de “competência exclusiva do
Senado Federal para as operações interestaduais e de exportação”. O
outro projeto trata de produtos que compõem a cesta básica por ser
considerado inconstitucional. A terceira matéria pretendia instituir a
política estadual de enfrentamento da violência contra as mulheres do
campo não passou pelo crivo do governador por ser considerado
inconstitucional.
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