Com testes realizados em roedores, cientistas
australianos e norte-americanos conseguiram reverter o envelhecimento
muscular dos animais. Programa será testado em pessoas em 2014.
Cientistas australianos e norte-americanos conseguiram reverter o envelhecimento muscular em ratos na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e esperam poder realizar testes semelhantes com pessoas no fim de 2014, informou nessa sexta-feira, 20, a imprensa da Austrália.
A equipe, liderada por David Sinclair, da Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália), que desenvolveu o trabalho na Universidade de Harvard, criou um composto químico que poderá permitir que uma pessoa de 60 anos se sinta como uma de 20.
O
produto deu maior energia aos ratos, tonicidade aos músculos, reduziu
as inflamações e melhorou significativamente a resistência à insulina.
“Estudo
o envelhecimento em nível molecular há quase 20 anos e nunca pensei
constatar que o envelhecimento pode ser revertido. Pensava que teria
sorte se conseguisse desacelerá-lo um pouco”, disse Sinclair, citado
pela cadeia australiana ABC.
A pesquisa favoreceu ainda a identificação de uma nova causa do envelhecimento, principalmente dos músculos, que é a comunicação entre os cromossomas do ADN do
núcleo da célula e os do ADN das mitocôndrias, responsáveis por
fornecer a maior parte da energia necessária à atividade celular. “O
que descobrimos é que no processo de envelhecimento esses cromossomas
não se comunicam”, informou Sinclair.
Para mudar essa situação,
os investigadores usaram uma molécula que elevou nos ratos os níveis de
nicotinamida adenina dinucleótido (NAD), que se mantém em níveis altos
na idade jovem com dieta adequada e exercícios, mas diminui com o
envelhecimento até 50%, como se verificou nos ratos.
0 Comentários