Especialista em coma de longa duração, médico fala de Schumi

Nesta semana, o acidente do heptacampeão de Fórmula 1 Michael Schumacher completa um mês. Ele está em coma, desde que bateu a cabeça em uma rocha, esquiando nos Alpes franceses.

Um grupo da Universidade Harvard, sob o comando de um médico brasileiro, pesquisa estados de coma de longa duração. Os cientistas tentam entender o que acontece no cérebro, e buscam uma cura para situações que parecem irreversíveis.

Já são 28 dias em coma. Michael Schumacher, 45 anos, o maior campeão da história da Fórmula 1, segue internado com uma lesão cerebral grave causada por um acidente de esqui.

A pedido da família, os médicos não divulgam informações detalhadas. Dizem apenas que o quadro segue estável, mas crítico. Se um dia Schumacher vai ter uma vida normal, ninguém sabe.

O coma é um dos fenômenos mais complexos e intrigantes da medicina. Como entender se uma pessoa está totalmente inconsciente se ela não consegue se comunicar? Como definir a consciência? Como saber se um caso que irreversível é mesmo, ou se ainda existem esperanças?

Nos Estados Unidos, em uma das universidades mais respeitadas do mundo, um grupo chefiado por um brasileiro busca respostas para essas perguntas e também tenta despertar cérebros que não reagem mais aos tratamentos convencionais.

O Fantástico foi até Boston conhecer esse trabalho. "Coma significa uma diminuição da consciência", explica Felipe Fregni, do Laboratório de Neuromodulação de Harvard.
Existem vários tipos. No coma induzido, os médicos dão remédios para diminuir a atividade do cérebro. O órgão descansa para tentar se recuperar. Isso foi feito com Schumacher assim que ele chegou ao hospital.

Em outro tipo de coma, o estado de consciência mínima, o paciente está desacordado, mas reage a alguns estímulos, como imagens e sons.

No coma mais grave, o estado vegetativo, a pessoa não responde a praticamente nada.
"É preciso entender o que está acontecendo, o que você precisa desbloquear no cérebro para esse paciente melhorar", afirma do Dr. Felipe Fregni.

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