Com a proximidade do carnaval, quando aumenta o consumo de bebidas alcoólicas, o Ministério da Justiça lançou uma campanha para conscientizar quem tem menos de 18 anos sobre os malefícios do álcool. Com o mote “Bebeu, perdeu”, a iniciativa também visa a sensibilizar os comerciantes a não vender o produto para crianças e jovens - prática criminosa que, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) pode ser punida com até quatro anos de prisão e multa.
Cinco vídeos publicitários apresentando jovens em situações vexaminosas devido ao consumo de álcool (ressaca, desmaio, mal-estar, entre outras situações que impede o jovem de aproveitar o carnaval) já disponíveis no canal do ministério no YouTube vão ser exibidos em salas de cinema de cinco cidades com forte tradição de carnaval de rua - Belo Horizonte, Ouro Preto (MG), Recife, Rio de Janeiro, Salvador - onde também serão divulgados outdoors e painéis alusivos à campanha.
"A questão do [consumo] de álcool é delicada. Na adolescência, então, é delicadíssima. Por isso fazemos um apelo a todos os comerciantes para que cumpram a lei e não vendam álcool a menores de 18 anos. Apelamos aos gestores locais para que se empenhem na fiscalização e, evidentemente, aos adolescentes, para que percebam que a vida pode ser curtida com muita alegria e felicidade sem o consumo de álcool", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
"Há casos de o álcool ser oferecido pela própria família, o que acaba estimulando o consumo. Isso nos preocupa muitíssimo", disse o secretário. Ele informou que a secretaria oferece a educadores de todo o país um curso de capacitação para que os profissionais saibam identificar e lidar com essa situação. As inscrições para as novas turmas estão abertas até a próxima sexta-feira. Estão sendo oferecidas 100 mil vagas em todo o Brasil e os cursos são ministrados por algumas das principais instituições universitárias do país. Os interessados podem ter mais informações na secretaria, pelo telefone (61) 2025.7200 ou pelo site www.senad.gov.br.
O custo de produção dos cinco vídeos institucionais e de veiculação de todas as peças publicitárias, incluindo outdoors e painéis, alcançou R$ 5 milhões. Nas emissoras de TV comerciais, no entanto, os vídeos serão exibidos como propaganda institucional gratuita.
Com Agência Brasil
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