Caio Silva de Souza, acusado de acender e disparar o artefato que matou Santiago Andrade, da Band, estava em uma pousada em Feira de Santana (BA)
A Polícia Civil divulgou, na manhã desta terça-feira (11),
a foto de Caio Silva de Souza, de 23 anos, suspeito de acender o rojão
que atingiu o repórter cinematográfico Santiago Andrade, da TV
Bandeirantes
(Divulgação/Polícia Civil)
Atualizado às 6h21
Caio Silva de Souza, o suspeito de acender e disparar o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade,
da Rede Bandeirantes, durante protesto no Rio de Janeiro, foi preso na
madrugada desta quarta-feira. Ele foi detido em Feira de Santana, na
Bahia, segundo informações do canal Globonews. Com prisão temporária decretada pela Justiça
desde a noite de segunda-feira, Caio Silva de Souza foi localizado em
uma pousada perto da rodoviária da cidade, que fica a 116 quilômetros da
capital Salvador.
A prisão foi feita por volta das 3 horas (2 horas na Bahia)
pelo delegado Maurício Luciano, responsável pelo caso. Ele estava
acompanhado pelo advogado Jonas Tadeu Nunes, defensor de Souza e do
tatuador Fábio Raposo, que o reconheceu por fotografias e está preso no
Rio de Janeiro. Em entrevista à Globonews, o delegado afirmou que o
suspeito estava sozinho no quarto da pousada no momento da prisão,
assustado e nervoso. "Com ajuda do advogado (Jonas Tadeu), ele se
entregou. Não houve resistência".
O delegado ainda comentou a situação do suspeito e os próximos passos
da investigação. "Em relação à sua participação no crime, a gente não
tem a menor dúvida. Foi ele quem acendeu e deflagrou o artefato que
atingiu o cinegrafista da Rede Bandeirantes. Vamos ouvir o Caio, se
houver alguma contradição com o depoimento do Fábio Raposo, eles serão
submetidos a uma acareação", disse Maurício Luciano.
Além do delegado, a operação para prender o rapaz teve a participação
de outros quatro policiais civis do Rio. A namorada dele também estava
presente. Segundo a polícia, Caio Silva de Souza inicialmente pretendia
ir para a casa de um avô no Ceará. Convencido a se entregar pelo
advogado Jonas Tadeu, ele teria interrompido a viagem em Feira de
Santana.
Buscas – A localização do suspeito, que tem 23 anos,
põe fim a quase 24 horas de buscas da Polícia Civil do Rio. Nesta
terça, agentes foram à casa de Souza, no município de Nilópolis, na
Baixada Fluminense, mas não o encontraram. Também fizeram buscas
no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste da capital. Ele
trabalha como porteiro da unidade de saúde, contratado pela empresa Hope
Serviços, que é contratada pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de
Janeiro. No dia do protesto em que o cinegrafista ficou ferido, Souza
estava de folga. Na sexta-feira, não voltou ao trabalho.
A Polícia Civil pediu a prisão do suspeito na tarde de segunda-feira, após confirmar a sua identidade com a ajuda de informações do advogado Jonas Tadeu Nunes e de seu cliente, o tatuador Fábio Raposo. "Já tínhamos informações dele obtidas pelo setor de inteligência da Polícia Civil. O advogado reforçou as suspeitas e o reconhecimento feito por Fábio foi fundamental", disse o delegado Maurício Luciano.
A Polícia Civil pediu a prisão do suspeito na tarde de segunda-feira, após confirmar a sua identidade com a ajuda de informações do advogado Jonas Tadeu Nunes e de seu cliente, o tatuador Fábio Raposo. "Já tínhamos informações dele obtidas pelo setor de inteligência da Polícia Civil. O advogado reforçou as suspeitas e o reconhecimento feito por Fábio foi fundamental", disse o delegado Maurício Luciano.
Crimes – Fábio Raposo e Caio Silva de Souza foram
indiciados por homicídio doloso (com intenção) qualificado e por
explosão, crimes que podem render até 36 anos de prisão. Eles também
podem responder por formação de quadrilha. De acordo com o delegado
Maurício Luciano, Raposo detalhou que Souza, o responsável por disparar o
rojão, tinha um perfil violento, de ir para a linha de frente dos
protestos para participar de brigas. "Ele afirmou que conhecia o rapaz
apenas das manifestações, não tinha ligação com ele”, disse o delegado.
Ferido pela explosão do artefato em uma manifestação no centro do Rio
na quinta-feira passada, o cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, que
trabalhada para a Rede Bandeirantes, teve morte cerebral confirmada na
manhã de segunda, quando a equipe de neurocirurgia do Hospital Municipal
Souza Aguiar diagnosticou, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a
"morte encefálica" do paciente.
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