
- Susie tem trabalhado como pilota de desenvolvimento para o time, o
que é um trabalho muito importante em razão de a Fórmula 1 ser uma
corrida de desenvolvimento. Ela trabalha com nossos engenheiros na
fábrica para ajudar no desenvolvimento do carro. Mas temos pilotos
titulares e reservas e Susie tem um papel de valor e está exercendo bem
esse papel no momento – explicou.

Até hoje, apenas cinco mulheres participaram de grandes prêmios da
F-1: Maria Teresa de Filippis (1958 a 69), Lella Lombardi (74 a 76),
Divina Galica (76 e 78), Desire Wilson (80) e Giovanna Amati (92).
Apenas as duas primeiras chegaram a disputar provas oficiais, enquanto
Lella foi a única a atingir a zona de pontuação: marcou 0,5 ponto no GP
da Espanha de 1975. Mesmo sem expectativa de se tornar titular, Susie
celebra a função na Williams:
- Estou grata pelo apoio e confiança que a Williams continua a
depositar em mim e 2014 promete ser um marco importante na minha
carreira. Minhas responsabilidades têm aumentado na equipe como prova
com a oportunidade de testar o carro em Silverstone, além dos testes em
linha reta no ano passado. Participar de dos treinos livres além de um
teste será um grande passo. Estou ansiosa para estar ao volante do FW36
em um fim de semana de GP. É um desafio que saboreio e uma grande chance
de continuar apoiando a equipe – celebrou a pilota que disputou o
campeonato alemão de turismo (DTM) por sete temporadas.



Claire Williams torce por Simona na Sauber
Em um ambiente predominantemente masculino, Claire Williams
destacou a crescente presença feminina na Fórmula 1, citando, além de
Susie e Simona, a presença de Monisha Kaltenborn na chefia da Sauber.
- É interessante. A F-1 é uma indústria predominantemente
masculina, mas isso está mudando e mudando muito rápido. Nós temos uma
chefe mulher na Sauber, a Monisha, temos a Susie como pilota de
desenvolvimento e a Simona na Sauber. É muito importante. Mas o mais
importante é saber se a pessoa sabe fazer seu trabalho ou não. Mas é
legal ver um maior número de mulheres na F-1, em diferentes papeis. Na
Williams temos muitas engenheiras mulheres. Não é usual, mas é uma
grande coisa. Isso encoraja mais mulheres para entrar no automobilismo.

Claire também demonstrou apoio para que Simona Silvestro e a Sauber tenham sucesso no projeto para que a suíça se torne titular.
- Absolutamente! Não há porque ela não poder chegar lá. Mas a
questão é se o piloto ou pilota é capaz. Estamos na F-1, temos que ter
os melhores pilotos. Se a mulher for essa melhor pilota, o sexo não fará
diferença caso ela seja capaz de ser a mais rápida em um carro de
corrida.
A dirigente, no entanto, evita fazer previsões de quando uma
mulher, enfim, alinhará em uma corrida de F-1, quebrando o jejum que
dura desde 1976, quando a italiana Lella Lombardi disputou a última de
suas 12 provas pela categoria.
- Não sei. Não é possível dizer. Depende de muitos fatores. Como a
pilota se desenvolverá na base, o quão rápido ela será. Seria legal ter
uma bola de cristal para saber, mas não é possível saber quando uma
mulher voltará a alinhar no grid.

Italiana Lella Lombardi disputou 12 GPs de Fórmula 1 na década de 1970
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