Médico diz que cérebro de Schumacher estava espremido minutos após o acidente

Depois de dizer que os fãs de Michael Schumacher podem estar diante de uma oportunidade de "se despedir dele", o ex-médico da Fórmula 1 Gary Hartstein voltou a falar da situação do heptacampeão mundial em seu blog.     
Ao comentar os procedimentos médicos adotados minutos após o acidente, o profissional fez uma revelação que mostra o quão complicado o quadro clínico do alemão: “Era uma situação na qual a pressão intracraniana estava tão alta que o cérebro estava literalmente sendo espremido na caixa craniana”.
Michael Schumacher sofreu um grave acidente enquanto esquiava nos alpes franceses em dezembro do ano passado. Desde então, o alemão permanece internado no Hospital de Grenoble em estado crítico. Segundo informações do jornal italiano Gazzetta Dello Sport, o ex-piloto já perdeu cerca de 20 quilos.   
Gary, que atendeu Felipe Massa no grave acidente sofrido pelo brasileiro no GP da Hungria de 2009, voltou ao assunto porque seu texto anterior sobre Schumacher provocou polêmica, mas também continha críticas ao modo como Schumacher foi socorrido ao sofrer o acidente de esqui.  
“Não critiquei ninguém especificamente, até porque a medicina pré-hospitalar é difícil mesmo com as melhores condições (...) O que eu critiquei foi um sistema que leva pacientes com lesões na cabeça para um hospital não especialistas em neurologia sem nenhuma razão para isso (...) Critico um sistema que permite uma incapacidade de controlar adequadamente um paciente agitado antes do voo, bem como os atrasos no controle adequado das vias aéreas, que indicam provável formação insuficiente, protocolos não necessariamente cumpridos e talvez pouca experiência em circunstâncias difíceis”, esclareceu.  
Chamado de Dr. Fórmula 1, Gary Hartstein foi médico-chefe da categoria de 2005 a 2012. A convivência com Schumacher neste período o fez publicar um texto emocionado e sincero em seu blog na segunda-feira (24): 
“Sempre soube que Michael era adorado. Passei anos em circuitos tomados pela cor vermelha de bonés, bandeiras e camisetas da Ferrari. Ainda estou sensibilizado pela persistência do amor de seus fãs para ele. Percebi que a falta de atualizações no quadro clínico também pode ser uma oportunidade para começarmos a nos despedir dele. De alguma forma, acho que os fãs vão ficar bem, porque eles estão tendo tempo para processar tudo isso”, escreveu.
R7

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