Recebendo pacientes de diversas cidades do sertão paraibano e até dos municípios dos estados vizinhos, o Hospital regional de Patos está cada vez mais lotado e preocupando os profissionais de saúde e a própria população.
Nesta
segunda-feira, dia 14, quase acontece um colapso no atendimento devido à
entrada cada vez maior de cidadãos em busca de atendimento para
problemas na saúde. Dores abdominais, acidentes automobilísticos, gripes
mal curadas, infecções urinárias, crises nervosas e tantos outros casos
encontram abrigo no Hospital regional de Patos.
Os
profissionais de saúde vivem o limite da pressão pelas exigências dos
pacientes que buscam solução para os problemas e se deparam com uma
demanda acima da capacidade de entrada do hospital.
No
início da noite desta segunda-feira, a conselheira tutelar Dinorah
Araújo buscou atendimento para sua filha que sofria com dores
abdominais. Uma das atendentes da triagem do Hospital Regional pediu
para que ela fosse à busca de atendimento no Pronto Atendimento Maria
Marques, localizado no Bairro Jatobá. A conselheira disse que se
revoltou com o atendimento e a negativa para que ela se dirigisse a
outro local, mas ao final foi resolvido o atendimento no PA Maria
Marques.
A falta
de apoio para atender os casos de menor gravidade que acontecem na
cidade de Patos tem causado uma superlotação no Hospital Regional. Por
outro lado, o próprio hospital tem sido pequeno para uma região que
polariza dezenas de cidades, chegando a cerca de 400.000 habitantes.
Com 136
leitos, sendo 06 na Área Vermelha, 06 na Unidade de Terapia Intensiva
(UTI), além de mais 06 na área de AVC, o Hospital Regional de Patos
precisa de uma ampliação, e os municípios, a exemplo da cidade de Patos,
tem que cumprir com sua obrigação no atendimento na atenção básica. A
ausência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) também tem sido um
agravante da superlotação no HRP.
Apenas
no mês de março de 2014 foram 6.200 atendimentos ambulatoriais, onde 60%
desses poderiam ser resolvidos nos Postos de Saúde ou Programa Saúde da
Família (PSF) dos municípios. O Hospital Regional de Patos realizou uma
média de 250 cirurgias e destas cerca de 170 foram na área de
ortopedia. Os dados são do próprio HRP.
A
ausência de conclusão da UPA localizada no Bairro da Liberdade, que
deveria estar pronta desde 2011, e a falta da UPA no Bairro do Jatobá,
ambas na cidade de Patos, faz com que quase todos os casos atendidos
pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) sejam encaminhados
ao Hospital Regional contribuindo para a sua superlotação.
Jozivan Antero – Patosonline.com
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