Eduardo Campos critica política de desonerações de Dilma

 
Eduardo Campos, em evento do Lide nesta sexta-feira (2) Reprodução/TwitterEduardo Campos, em evento do Lide nesta sexta-feira (2) Reprodução/Twitter
Falando a uma plateia de empresários nesta sexta-feira (2), o pré-candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, fez duras críticas à política de desonerações que vem sendo implementada pela presidente Dilma Rousseff nos últimos anos.

Para o ex-governador de Pernambuco, "o Brasil não pode ficar fazendo mais do mesmo". O pessebista defendeu uma "agenda construída olhando para a macroeconomia".

— Temos de reduzir a carga tributária dentro um projeto estratégico de nação, com estratégia. E não com esses bilhões de desoneração feitos no balcão, sem nenhuma estratégia. Precisamos de uma política econômica que não será alterada ao sabor do vento ou de uma próxima eleição.


Como vem fazendo costumeiramente, Campos repetiu que o País está piorando nos últimos três anos — justamente o período do mandato de Dilma, sua rival nas eleições de outubro.

— Há uma sensação de deixar o que poderíamos ter feito pelo caminho. Temos que tomar uma decisão do que queremos pela frente. Vivemos uma conjuntura dura, desafiadora, um cenário econômico ruim. Estamos vendo baixo crescimento, inflação de volta, juros em alta, desequilíbrio na balança de crescimento e crise de confiança econômica. Temos que ler esse ambiente com o olhar de quem precisa resolver o problema e não dar intimidade a ele.

O socialista defendeu compromisso com o tripé macroeconômico e o controle inflacionário e com a autonomia do Banco Central.

— Sem isso, nenhuma meta será atingida. Não vamos permitir aumentar a carga tributária, vamos botar o País para crescer e reduzir essa carga. Não vamos arrumar puxadinhos. Vamos reduzir a presença do estado no PIB [Produto Interno Bruto] com metas. O pré-candidato do PSB, no entanto, não explicou como faria isso.


Campos participa do Fórum de Comandatuba, evento organizado pelo Grupo Lide que reúne políticos e empresários para debater suas propostas de governo. O fórum, de acordo com seus organizadores, reúne 52% do PIB privado do País.

Os participantes das mesas de debates e mesmo as conversas ao pé de ouvido durante as refeições repetem sempre a mesma nota: críticas ao governo do PT e à relação da presidente Dilma Rousseff com o empresariado.


Convidada, Dilma não veio para participar da abertura do encontro nacional do PT em São Paulo. Sua ausência foi bastante reclamada por João Dória Júnior, presidente do Lide, que reiteradamente declarou que espera que a presidente seja "democrática" e aceite participar de um próximo evento do grupo.
R7

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