Um relatório anual divulgado pela Comissão Pastoral da Terra revelou que
a Paraíba registrou em 2013 conflitos por água em cidades cidades. O
Relatório mostra ainda que houve uma redução no número de conflitos por
terra no estado, mas o deputado estadual Frei Anastácio (PT), afirma que
houve aumento nas investidas contra trabalhadores rurais com uso,
inclusive de pistolagem.
O deputado garante que as ações de pistolagem contra trabalhadores
rurais paraibanos aumentarem no ano passado. “Foram 54 investidas contra
trabalhadores rurais que estão na agricultura e que lutam por terra
para trabalhar, conforme foi divulgado pelo Relatório Anual da Comissão
Pastoral da Terra sobre conflitos pro terra e água”, disse o deputado.
Segundo o parlamentar, isso é um reflexo na falta de investimento em
segurança, por parte do governo do estado, na zona rural. “O governo que
durante a campanha eleitoral prometeu resolver o problema de segurança
do estado em seis meses, já está terminando a gestão e ainda não disse
para que veio. O que vimos foi um aumento assustador da violência em
nosso estado”, afirmou.
Frei Anastácio citou o caso de posseiros, no município de Mogeiro, que
estão sendo ameaçados de morte por usineiros de Pernambuco. “Temos ainda
as ações da usina São João, em Santa Rita, que usa policiais nos
horários de folga para atuar como capangas na repressão aos
trabalhadores”, denunciou.
O petista destacou o relatório da CPT mostra redução no número de
conflitos por terra e água em 2013, na Paraíba e em Todo Brasil. “Isso
significa que os trabalhadores sem terra, estão em parte, sendo
atendidos em suas demandas”, destacou.
No ano passado, foram registrados 13 conflitos de terra na Paraíba, o
que representa uma redução de 13,33 por cento em relação a 2012. Nesses
conflitos na Paraíba, 5.100 famílias estiveram envolvidas.
As cidades que registraram conflitos por conta de água foram: Aroeiras,
Cajazeiras, Boqueirão, Bahia da Traíção, Marcacão e Rio Tinto.
Locais dos conflitos
O relatório mostra que os conflitos de terra na Paraíba ocorreram em
Caaporã, Campina Grande, João Pessoa, Pedras de Fogo e Santa Rita.
Durante esses conflitos, a CPT aponta o assassinato de um trabalhador.
Dessa forma, o número de trabalhadores assassinados no estado, desde os
anos 60, sobe para 25.
“São pessoas que foram mortas, simplesmente por lutarem por terra para
trabalhar. O relatório da CPT também aponta os conflitos por água. Eles
ocorreram em Aroeiras, na Barragem Acauã; em Cajazeiras, na barragem de
Boqueirão, Bahia da Traição, Marcação e Rio Tinto. No Brasil o número de
conflitos caiu. Em 2012 foram 1.364. No ano passado, esse número caiu
para 1266. O número de assassinatos no campo também caiu em todo o
Brasil. Em 2012, 36 trabalhadores rurais foram assassinados. Já no ano
passado, o número caiu para 34”, relatou o deputado.
Em grande parte, de acordo com o deputado, essas reduções ocorreram em
consequência de ações efetivas do governo federal e do Incra, que está
sempre buscando o diálogo nas áreas de conflito de terra.
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