
Outro problema enfrentado pela indústria do algodão colorido ainda é a pirataria. São produtos tingidos artificialmente para ficar a coloração semelhante à do algodão que é naturalmente colorido. O problema poderia ser resolvido com um selo de certificação de origem, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), apontou Gilvan Ramos.
Apesar da queda do número de produtores, o volume de exportações de algodão colorido da Paraíba dobrou desde o ano passado, de acordo com o economista da Embrapa, acrescentando que o mercado, embora pequeno em peças produzidas, continua forte e crescendo para quem busca qualidade. “Temos muito apoio do governo federal, mas sentimos falta de crédito mais barato e mais acessível e falta uma ação coordenada do governo do Estado para aumentar as vendas”, avaliou.
Nas exportações, os maiores consumidores dos produtos são os EUA, Japão e os países da Europa. Agricultores, empresários do ramo, representantes do Sebrae, Senai, Embrapa, Bradesco e governo federal participaram ontem no auditório do Senai, em João Pessoa, da Reunião Anual do Comitê Gestor do Arranjo Produtivo Local. A reunião contou ainda com uma palestra do representante da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Sylvio Napoli.
O empresário Armando Dantas, das Redes Santa Luzia, foi um dos casos de sucesso citados no evento e contou um pouco sobre a sua empresa. Sozinha, a Santa Luzia consome pelo menos 50% do algodão plantado no Estado, até mesmo pelo tamanho dos produtos, que são redes grandes e consomem muita matéria-prima.
A empresa emprega diretamente 100 pessoas, e indiretamente mais de 350. “Empregamos indiretamente artesãos que trabalham no acabamento das redes, fazendo as varandas e os punhos. Temos trabalhadores em um raio de 150 km da nossa sede, em São Bento”.
Outro empreendimento que vem colhendo bons frutos é a empresa de vestuário Natural Cotton Color. A empresa – que já participou de semanas de moda como a Fashion Rio, e exposições fora do país – exporta a maior parte da sua produção. “Este ano acho que vou ficar no meio a meio. Metade da produção exportada e metade para o mercado interno”, contou a empresária Francisca Vieira.
Fonte: Bárbara Wanderley-Jornal da Paraiba
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