Após 12 anos como comandante dos aviões presidenciais, o brigadeiro Joseli Camelo deixou o posto nesta sexta-feira (9) em cerimônia no Palácio do Planalto.
Ele foi indicado pela Força Aérea Brasileira (FAB) para uma vaga de ministro do Superior Tribunal Militar (STM). Para assumir no STM, Camelo precisará ter a indicação publicada no “Diário Oficial da União” e depois, ser aprovado em sabatina no Senado.
O brigadeiro pilotou o avião presidencial entre 2003 e 2010, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos primeiros quatro anos do governo Dilma, passou a ser o responsável pelo planejamento das viagens. Em todas as viagens, estava com a presidente.
Ele estima ter voado no últimos 12 anos entre 8 mil e 10 mil horas, além de ter acompanhado o Lula e Dilma em viagens a 92 países.
“Eu estou sendo indicado para o STM. Eu vou ser sabatinado no Senado e depois, se os senadores me aprovarem, estarei lá [no tribunal]. A indicação foi assinada hoje [sexta, 9] pelo brigadeiro [Juniti] Saito [comandante da Força Aérea] e está vindo para a presidenta. Agora, é aguardar o início do ano no Congresso para marcar a sabatina”, disse.
Camelo será substituído no comando das viagens da presidente Dilma pelo brigadeiro Luiz Alberto Pereira Bianchi, que passou os últimos quatro anos como piloto da aeronave presidencial. Agora, acumulará as duas funções – a de piloto e a de coordenador.
Bianchi diz ter como especialidade pilotar aviões de caça. Antes de passar a comandar o avião de Dilma, disse, precisou fazer curso específico da aeronave.
Ao comentar os desvios de rota durante as viagens, em função de turbulências, Bianchi disse que desde o período em que pilotava aviões de caça procurava desviar de tempestades. Ele afirmou também que o desvio se dá em razão da estrutura da aeronave presidencial.
“Eu sempre desviei de qualquer coisa porque uma coisa que abate a gente é tempestade. Independentemente dela [Dilma] pedir ou não [para desviar a rota], a gente automaticamente desvia. O avião de caça tem uma estrutura muito mais forte que o avião comercial. E, mesmo assim, a gente já desviava. Então, com o avião comercial [como o de Dilma], a gente desvia mais ainda”, afirmou.
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