
O documento projeta um crescimento de 1% este ano para o Brasil, ao passo que a economia global deve crescer 3%. Para 2016, o banco projeta que o país deve avançar 2,5%, e em 2017, 2,7%.
Ao longo de 2015, segundo o Bird, os investimentos no país devem se fortalecer gradualmente, "como resultado do aumento da confiança dos investidores e o avanço nas exportações devido à desvalorização do real".
O órgão, contudo, prevê que no médio prazo ainda há empecilhos estruturais para o crescimento do país, como problemas na infraestrutura e regulações tributárias e trabalhistas complicadas como elementos que ajudarão a emperrar o crescimento.
De acordo com o relatório, apesar do fim do período de incerteza eleitoral no país, as dúvidas sobre o rumo da política monetária e fiscal e uma agenda de reformas estruturais permanecem elevadas no Brasil.
Cenário externo
O documento também espera um forte efeito do menor crescimento da China em países emergentes como o Brasil. Um declínio de 1 ponto percentual no PIB (Produto Interno Bruto) chinês pode representar um "impacto significante" sobre a economia do país, assim como da Argentina e Peru, diz o relatório.
Na América Latina, reformas de melhora da produtividade e a forte exposição ao comércio dos Estados Unidos podem apoiar o crescimento do México, avalia o Bird, embora "perspectivas de uma rápida repercussão no Brasil, contudo, possam ser constrangidas por uma agenda inacabada de reformas e baixa confiança".
Para o Bird, o fato de o Brasil ser um significante importador na região "pode pesar no crescimento de países vizinhos". O relatório citou o aumento nas taxas de juros pelo Banco Central para conter a inflação, o que segurou o crédito. "Espera-se portanto que o crescimento do Brasil permaneça fraco ao menos no curto prazo", conclui o órgão.
G1
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