Na Paraíba: Luz é reduzida, mas gás sobe; alta pode chegar a 8%

Se por um lado os paraibanos comemoram a queda de energia elétrica que começa a vigorar hoje, por outro lamentam o reajuste do gás de cozinha que terá alta de 8% a partir de 1º de setembro em todo o Estado. A próxima fatura de energia elétrica virá com os descontos de 4,03% (indústrias), 3,80% (consumidores residenciais) e 2,59% (rural, industrial, comercial, setor de serviços, poder público, serviço público e iluminação pública).
O recuo do índice vai atingir os 1,1 milhão de clientes da Energisa Paraíba Distribuidora de Energia S/A, espalhados nos 216 municípios paraibanos e faz parte da terceira revisão tarifária periódica da Energisa Paraíba realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Com o desconto, um consumidor residencial que consome , por exemplo, 211kWsh/mês e a fatura mensal é de R$ 100,04, com o desconto vai pagar R$ 96,20, caso mantenha o mesmo consumo de energia elétrica.
Já quem está inserido na categoria de baixa tensão ou Grupo B e gasta 234 kWsh/mês, paga R$ 100,03 de energia elétrica. Com a redução de 2,59%, sua conta será de R$ 98,31, gastando os mesmos kWs/hora.
Nas ruas de João Pessoa, os consumidores não gostaram do sobe e desce dos preços. O botijão de gás de cozinha de 13 quilos, que custa em média R$ 37,00 na Paraíba, vai passar para R$ 40,00.
A dona de casa Alcina Oliveira disse que, na prática, o ganho do cidadão será quase nulo. “Se a energia baixa o preço e o gás vai aumentar, então nosso ganho será zero. Uma conta baixa e a outra aumenta, então não compensa para a gente. É o mesmo que descobrir um santo para cobrir outro”, criticou. A dona de casa contou que atualmente compra gás de cozinha por até R$ 40,00, que tem que ser reposto a cada 30 dias. Já a conta de energia elétrica mensal é de R$ 55,00.
A revisão tarifária ocorre a cada quatro anos e já e prevista nos contratos de concessão. Ela tem por objetivo obter o equilíbrio das tarifas com base na remuneração dos investimentos das empresas voltados para a prestação dos serviços de distribuição e a cobertura de despesas efetivamente reconhecidas pela Aneel.
DISTRIBUIDORAS REPASSAM CUSTOS
O aumento (8%) do gás butano irá ocorrer devido aos custos das distribuidoras que estão repassando o aumento para os 1.300 postos de revendas regularizados na Paraíba. A explicação foi do vice-presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP da Paraíba (Sinregás-PB), Marcos Antônio Bezerra.
Segundo o Sinregás-PB, o reajuste aplicado tem a finalidade de cobrir os custos operacionais das distribuidoras, que sofrem o impacto da inflação acumulada nos últimos doze meses e da oneração da folha de pagamento dos funcionários, em função do dissídio coletivo da categoria. “Estamos apenas repassando para o consumidor o aumento das distribuidoras”, disse Marcos Antonio.
O percentual do último aumento, também aplicado pelas distribuidoras, foi de 7% em setembro de 2012. “Esperamos que a Petrobras não anuncie reajuste nos próximos meses. Mas, como revendedores, não podemos garantir a estabilidade dos preços, pois tudo depende de como a economia do nosso país irá se comportar”, enfatizou Marcos Antônio.

Com Jornal da PB/ Edição: Santo Aleixo Noticias

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