O número representa apenas 28,9% do total de municípios listados na Paraíba

O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulga nesta segunda, às 14h30, a
lista de profissionais brasileiros que confirmaram participação no
Programa Mais Médicos e dos municípios que serão contemplados no
primeiro mês de seleção. Nesta primeira etapa, foram selecionadas, em 31
municípios da Paraíba, 53 vagas.
na
Paraíba pelo próprio Ministério da Saúde como "prioritários" para a
prestação de serviços por esses profissionais. Outros 76 municípios
paraibanos, apesar das necessidades, naõ receberão médicos nessa
primeira etapa, entre eles Solânea (no Brejo), Aparecida (no Sertão),
Cuité (no Curimataú) e Maturéia (no Cariri).
Das
vagas no interior da Paraíba 29 estão em municípios de maior
vulnerabilidade social. Outras 24 nas periferias da Capital e regiões
metropolitanas de João Pessoa e Campina Grande.
Confira a lista dos municípios paraibanos e a quantidade de médicos para cada um na primeira etapa do Programa Mais Médicos:

O
ministro Alexandre Padilha também apresentará o calendário das próximas
etapas do programa. Os profissionais que se formaram no exterior e
finalizaram o cadastro no programa Mais Médicos podem, a partir desta
terça-feira (6), selecionar os municípios com vagas não ocupadas por
brasileiros.
A
lista final com profissionais e municípios que participarão da primeira
seleção do programa foi publicada ontem (5) no site do Ministério da
Saúde.
Nesta
fase inicial, o programa vai levar 1.753 médicos para 626 municípios.
De acordo com o Ministério da Saúde, 51,3% das vagas ocupadas estão em
municípios de maior vulnerabilidade social e 48,6% nas periferias de
capitais e regiões metropolitanas.
O
programa prevê a ampliação de vagas de residência médica e a
contratação de milhares de profissionais, inclusive estrangeiros, para
melhorar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) e a formação dos
médicos brasileiros.
"Estamos
muito satisfeitos com esses profissionais que demonstraram interesse de
atuar nas regiões mais carentes do Brasil, mas sabemos que ainda temos
uma grande demanda para atender. Com o Mais Médicos, confirmamos que
faltam muitos profissionais no interior do país e nas periferias de
grandes cidades. Nesta primeira seleção, focada nos brasileiros, ainda
ficamos com um déficit de 13.647 vagas", destacou o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha.
Dos
1.753 profissionais selecionados, 74% foram direcionados para sua
primeira opção entre os seis municípios que poderia escolher por ordem
de prioridade. Outros 232 ficaram com a segunda opção e os demais entre a
terceira e quinta.
Ao
todo, 2.379 médicos com diploma brasileiro fizeram a escolha dos
municípios de preferência para atuar pelo programa. Destes, 507 que não
foram alocados em suas escolhas por indisponibilidade de vagas poderão
ajustar suas opções, confirmando-as até segunda-feira (5).
Os
demais 119 que, descumprindo as regras do edital, não apontaram seis
possibilidades de municípios para trabalhar, só poderão retomar a
participação na segunda semana mensal. Os dados foram cruzados pelo
Ministério da Saúde para fechar a lista dos municípios que seriam
atendidos no primeiro mês de seleção.
Demanda
Como
o primeiro mês de seleção teve demanda apontada por 15.460 médicos em
3.511 municípios, este resultado deve preencher apenas 11% desta
expectativa, deixando 13.707 postos ociosos em 2.885 cidades.
Para
garantir que o Mais Médicos ampliará o atendimento à população, os
profissionais que participarão do programa só poderão ser inseridos em
novas equipes de atenção básica ou naquelas em que há falta de médicos. O
Ministério da Saúde, com base nos dados de 12 de julho do Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), bloqueará o CPF do médico
do programa, impedindo a inserção dele em equipes que já possuem
médicos. O gestor municipal deve registrar as novas equipes em até 60
dias após a chegada do profissional.
"O
Mais Médicos foi criado com o objetivo de ampliar o atendimento à
população na atenção básica e, com essa ação, estamos garantindo que o
profissional será alocado exatamente nas regiões onde faltam médicos",
disse Padilha.
Seleção
Dos
626 municípios selecionados nesta primeira etapa, 375 estão em regiões
com 20% ou mais de sua população em situação de extrema pobreza, 159 em
regiões metropolitanas, 68 estão em um grupo de 100 cidades com mais de
80 mil habitantes de maior vulnerabilidade social e 24 são capitais. Na
distribuição dos profissionais foram atendidos ainda 23 distritos
sanitários indígenas.
Os
municípios da região Nordeste foram contemplados com o maior número de
médicos, com um total de 619 profissionais direcionados a 300 cidades e 1
DSEI. Em segundo lugar, vem o Sudeste, com 460 dos médicos para atender
122 municípios. Em seguida vem a região Sul, com 244 médicos em 90
municípios. A região Norte vai receber 250 médicos em 74 municípios e 17
DSEIs; e Centro-Oeste, com 180 médicos em 40 municípios e 5 DSEIs.
Os
estados que receberão mais médicos serão Bahia (161), Minas Gerais
(159), São Paulo (141), Ceará (138), Goiás (117), Rio Grande do Sul
(107) e Amazonas (73).
Estrangeiros
Como
definido desde o lançamento do Mais Médicos, os brasileiros têm
prioridade no preenchimentos dos postos apontados. Os remanescentes
serão oferecidos primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e
em seguida aos estrangeiros.
A
partir de terça-feira (6) até dia 8, os médicos que se formaram no
exterior e finalizaram o cadastro no programa poderão selecionar os
municípios com vagas não ocupadas por brasileiros. No dia 9, será
publicada a lista dos municípios que receberão médicos estrangeiros.
Os
médicos do programa - tanto brasileiros quanto estrangeiros - devem
começar a atuar nos municípios em setembro. Todos os profissionais
formados no exterior serão avaliados e supervisionados por universidades
federais, de todas as regiões do país, que se inscreveram nesta
primeira etapa do programa.
O programa
Lançado
pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais
Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos
usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os
investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e
ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país, como os
municípios do interior e as periferias das grandes cidades.
Os
médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo
Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em
Atenção Básica durante os três anos do programa.
O
Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e
na melhora da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$
7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas.
Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação de
unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais
universitários.
Da Redação com Hermes de Luna e Portal da Saúde
0 Comentários