A soma de veículos roubados e furtados na Paraíba já é igual a 1.937,
somente de janeiro a novembro deste ano, o equivalente a uma média
mensal de 176 crimes. Nesse universo, a prática do roubo (1.224) é muito
mais frequente do que o furto (713), uma vez que 63,1% dos veículos são
tomados por roubo. Entre esses tipos de bens móveis subtraídos da
população, as motocicletas são as mais visadas pelos criminosos. Os
dados totais fazem referência a carros, motos e caminhões e foram
repassados pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos,
localizada em João Pessoa.
Conforme as estatísticas, do total de 1.937 veículos roubados e furtados
no Estado, 1.276 (65,8%) eram motocicletas, 635 (32,7%) carros, 21 (1%)
caminhões e cinco (0,2%) reboques.
Com relação às cidades onde há mais roubos e furtos de carros, João
Pessoa, Campina Grande, localizada no Agreste paraibano, e Santa Rita,
na Região Metropolitana da capital, são as três que registram maior
índice no período, em ambas categorias. A capital paraibana totalizou
288 roubos e furtos de carros, seguida por Campina Grande com 93 casos e
Santa Rita, onde houveram 30 práticas desses dois tipos.
Já nos roubos e furtos de motos, João Pessoa (405) e Campina Grande
(332) também lideram o ranking. Entretanto, o terceiro lugar das duas
práticas criminosas é dividido entre duas cidades diferentes, sendo
Santa Rita com 39 roubos de motos e o município de Patos, no Sertão
paraibano, que surge com 14 furtos de motocicletas.
Segundo o delegado titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos
de Veículos de João Pessoa, Canrobert Rodrigues de Oliveira, assim como
nas diversas datas comemorativas, a exemplo do Carnaval e do São João,
nas festividades de final de ano também há um maior número de
ocorrências, se comparado com outras épocas do ano. Para o civil, o
local mais propício para a prática de furto de veículos é no Centro da
cidade, mas para o roubo não há local específico.
Canrobert explicou que as práticas de roubo e furto são diferentes, cuja
penalidade para a segunda é mais branda. “O Código Penal traz no artigo
155 a prática do furto, que é subtrair coisa alheia móvel, para si ou
para outro, com pena de reclusão de um a quatro anos e multa. Já o
roubo, conforme o artigo 157, é quase a mesma coisa, sendo que é
praticado mediante ameaça grave ou violência à pessoa. Por isso, a pena é
maior e passa a ser de quatro a dez anos de prisão, além de multa”,
detalhou.
O delegado afirmou que não há registro de grupos especializados na
prática de roubos e furtos de veículos na Paraíba, bem como dos 'modus
operandi' para essas práticas, mas ressaltou o alto índice de
ocorrências em relação às motocicletas, que têm chamado a atenção da
polícia. “A moto tem sido o principal alvo dos bandidos, tanto pela
facilidade da subtração, como para a prática de outros delitos, como
assaltos e homicídios, já que são de rápida locomoção, facilitando a
fuga”, disse.
Entre os carros 'preferidos' dos criminosos, os modelos Gol e Uno se
destacam. Já nos casos das motos, as do tipo CG 125 Fan despontam nos
registros. Confira abaixo a tabela com os modelos de carros e motos mais
roubados e furtados na Paraíba.
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