Dois bebês, do sexo masculino, que
nasceram prematuros na maternidade Peregrino Filho em Patos e não
resistiram ao tratamento hospitalar, entraram em óbito em dias
alternados e família de um deles reclama que corpos foram trocados.
Tiago
Lustosa Gomes, 22 anos, ajudante de pedreiro e pai do feto que morreu
na manhã deste domingo, 2 de fevereiro e que estava internado há 9
(nove) dias na maternidade, esteve na delegacia para prestar queixa da
suposta negligência corrida naquela Unidade de Saúde.
Ele
disse que foi visitar o filho, porém não tinha noção de que o mesmo
morreria justamente no dia da visita. Porém ao chegar à maternidade foi
informado que o menino não estava bem e que seus batimentos cardíacos
estavam alternados. As 7h:30m foi informado que o bebe havia falecido.
Tiago
informou também que se dirigiu ao centro da cidade para providenciar o
caixão e posteriormente realizar o sepultamento do filho. Ao chegar em
casa, com o corpo do bebe, a esposa dele, Joana D'arque dos Santos Silva
percebeu que a pulseira colocada no Pulso do feto havia o nome de outra
mãe.
Foi
daí que os familiares desconfiaram que o filho não era o do casal.
Tiago voltou à maternidade para reclamar de que seu filho não era aquele
que foi levado e, segundo ele, ouviu de uma Assistente Social a
informação de que ele voltasse em casa e trouxesse o bebe para ser
trocado pelo seu verdadeiro filho.
Revoltados
com a situação, ele e a irmã que o acompanhou até a maternidade,
resolveram procurar a delegacia para registrar queixa e solicitar apoio
das autoridades no sentido de resolver o problema.
O
pai da criança ainda foi informado que o outro feto seria de uma mãe da
zona rural de Matureia e temia que o corpo do filho fosse enterrado no
lugar do dele, mas com o retorno do corpo a maternidade se descobriu que
o outro bebe ainda estava no necrotério.
Procurado
pela nossa equipe de reportagem, o diretor da maternidade Paulo Ataíde
não quis falar sobre o assunto e apenas disse que todos os procedimentos
serão adotados, inclusive com abertura de Processo Administrativo para
que se descubra quem são os envolvidos nas supostas, transgressão ou
desvio de conduta. Segundo ele, os culpados serão responsabilizados pela
situação.
A
revolta da família também se refere à falta de um transporte adequado
para o traslado de corpos de bebes. O pai alega que não tem condições
para isso e que teve que conduzir o corpo em uma motocicleta. Ele disse
que não queria fazer o procedimento assim como foi pedido pela própria
Assistente Social de plantão e resolveu procurar a polícia para se
manter resguardado.
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