Paraibanos recebem R$ 3,1 mi por falta de luz


 
Do montante compensado no ano passado pouco mais de R$ 3 milhões foram da Energisa Paraíba
As interrupções no fornecimento de energia elétrica renderam aos paraibanos R$ 3,128 milhões em compensações na conta de luz no ano passado, um aumento de 9,87% comparada ao ano anterior (R$ 2,847 milhões). Do montante compensado no ano passado pouco mais de R$ 3 milhões foram da Energisa Paraíba (EPB) e apenas R$ 80,7 mil da Energisa Borborema (EBO), que distribui energia para apenas seis municípios.
Os dados foram divulgados ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A quantidade de interrupções registradas pelo órgão no Estado foi de 1.843.665. Dessas, 1.744.882 foram da Energisa Paraíba e 98.783 foram da Energisa Borborema. As indenizações são pagas quando há descumprimento dos limites estabelecidos pela Aneel para as interrupções no fornecimento do serviço e vêm aplicadas na conta de luz.
Na região Nordeste, que possui onze distribuidoras, a Energisa Paraíba ocupa a sexta posição na lista das empresas que tiveram que realizar compensações a seus clientes. Já a Energisa Borborema ocupa o décimo lugar no ranking, segundo a Aneel.
Em 2012, Energisa Paraíba ocupou a 5ª colocação com 1.410.191 interrupções do serviço e com pagamento de R$ 2,739 em compensações. A Energisa Borborema ocupou a 11ª posição na região com 107.655 interrupções e R$ 108.322 em valor compensado.
A concessionária Energisa informou, por meio da assessoria de comunicação, que as três principais causas de suspensão no fornecimento de energia na Paraíba em 2013 foram queda e/ou contato de árvores na rede, abalroamento em postes e objetos estranhos na rede, como por exemplo pipa. A empresa ainda esclareceu que para prevenir essas ocorrências e reduzir os impactos para os seus clientes, investe cerca de R$ 170 milhões por ano na expansão, conservação e melhoria do sistema elétrico de todo o Estado.
Além disso, a Energisa comunicou que na Paraíba ampliou seus canais de relacionamento com o cliente para facilitar a comunicação das suspensões no fornecimento. Foram criados perfis nas redes sociais, o portal na internet foi reformulado e desenvolvido o aplicativo para telefone celular (Energisa On). A concessionária lembrou ainda que pelo levantamento realizado pela Aneel, o valor das compensações pago pela Energisa na Paraíba é o segundo menor entre as concessionárias de mesmo porte – cerca de 1,4 milhão de clientes.
DISTRIBUIDORAS NÃO CUMPREM META
Pelo quinto ano consecutivo as distribuidoras - que levam energia até a casa dos consumidores - não conseguiram cumprir a meta de qualidade estabelecida pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
De acordo com a agência, os brasileiros ficaram, em média, 18,27 horas no escuro ano passado. O número ultrapassa o limite considerado aceitável pela reguladora, estipulado em 15,18 horas.
O desempenho das elétricas em 2013, porém, foi ligeiramente melhor que em anos anteriores.
Em 2012, os consumidores ficaram desatendidos, em média, por 18,67 horas. Em 2011, 2010 e 2009 a média foi de 18,40 horas, 18,42 horas e 18,77 horas respectivamente.
Quando as empresas descumprem os indicadores de qualidade adotados pela agência têm de pagar compensações aos usuários. Apenas em 2013, as elétricas tiveram de gastar R$ 346 milhões em reembolsos para seus consumidores.
Pelas regras da agência, as empresas devem devolver os valores para os clientes afetados na forma de créditos na conta de luz.
O débito é feito automaticamente dois meses após a ocorrência do problema, sem que haja necessidade de manifestação dos usuários.
Em 2012, a compensação aos consumidores foi de R$ 437,8 milhões, e em 2011, de R$ 397,2 milhões.
Em 2010, também houve descumprimento de meta, mas nesse período ainda não havia o ressarcimento - as empresas eram multadas.
  (Com Folhapress)

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