A
visita que a presidente Dilma faz, hoje, a dois eixos da Transposição,
tem caráter político e eleitoral. A obra vai levar ainda muito tempo
para ser concluída, mas é uma das bandeiras do Governo e deve ser objeto
de um grande debate na eleição.
Para
evitar que Dilma passe por alguma saia justa, o ministro da Integração,
Francisco Teixeira, vistoriou, na sexta-feira passada, a duas áreas a
serem percorridas pela comitiva presidencial em Pernambuco e no Ceará.
Ele
fez um sobrevoo para observar as obras das Estações de Bombeamento 2 e 3
e os antigos lotes 3 e 4, na região de Salgueiro, em Pernambuco, e
Penaforte, no Ceará. Em Jati, acompanhou os trabalhos da Meta 2 Norte e
visitou o canteiro de obras da Barragem Jati.
O
Eixo Norte da Transposição, que vai levar água ao Ceará, está com 22%
concluído, enquanto o Eixo Leste, que vai irrigar Rio Grande do Norte,
avançou mais, estando com 80% das suas obras concluídas, segundo o
Ministério da Integração.
Pelo
cronograma original da obra, cidades do interior do Ceará já deveriam
estar recebendo água do rio São Francisco. A previsão para concluir as
obras da Transposição está mantida para o final de 2015.
A
transposição das águas do São Francisco desvia o curso de água do rio
em Pernambuco para a Bahia, Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará. De
acordo com o governo federal, 12 milhões de pessoas devem ser
beneficiadas com o abastecimento de água com a conclusão da obra.
A
transposição começou em 2007, avaliada em R$ 7 bilhões. Atualmente
trabalham 8.700 homens na obra. De acordo com o Ministério da
Integração, houve diferenças entre os contratos e a "realidade da obra"
que levaram ao corte de gastos.
Vencido
o prazo original em que a transposição do Rio São Francisco deveria
estar pronta, a obra registrou aumento de R$ 3,4 bilhões - ou 71% - em
seus custos em relação à previsão inicial. Desde o início do governo
Dilma Rousseff, o custo total da obra pulou de R$ 4,8 bilhões para R$
8,2 bilhões.
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