Correspondência suspeita faz mulher procurar a polícia em João Pessoa

Uma correspondência enviada por uma empresa com sede em Brasília, no Distrito Federal, chamou a atenção de uma moradora de João Pessoa, que recebeu a carta na sua residência, e suspeitando se tratar de um golpe, procurou a Polícia Federal. A correspondência avisava que ela poderia adiantar o recebimento de um seguro, caso ela depositasse dinheiro em uma conta bancária. 

“É uma apólice de liberação de benefícios dos segurados. Como se eu tivesse feito uma adesão a um plano anos atrás, me beneficiando com R$ 72.400, mais cinco salários mínimos, como pensão vitalícia, a pagar 4% desse valor”, disse a mulher que preferiu ter sua identidade preservada.
“Procurei a Polícia Federal. E a Polícia Federal me orientou para ir à Polícia Civil, OAB por ter a assinatura de um suposto advogado”,
A reportagem da TV Cabo Branco, descobriu que o advogado que teria supostamente assinado a correspondência enviada para mulher em João Pessoa, está cadastrado na OAB do Distrito Federal e se encontra em situação regular, ainda segundo a OAB-DF, o uso do nome de advogados credenciados na Ordem por golpistas é comum.


unto com a proposta, supostamente assinada pelo advogado, a correspondência também continha o endereço da empresa e telefones para contato, mas como estava desconfiada, a vítima não chegou a ligar para os números e procurou logo a polícia.
“Não Liguei. Agora, na Polícia Federal eles tentaram ligar, mas não atendia não. Caia a ligação”, informou a mulher.
A equipe de reportagem também ligou para os números que estavam na correspondência, mas não conseguiu fazer contato com ninguém. O escritório da  empresa ESPP Brasil também foi procurado em Brasília, porém no endereço citado  não existe nenhuma empresa com esse nome.
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), órgão ligado ao Ministério da Fazenda que controla e fiscaliza seguradoras no país, informou que nunca entra em contato com as pessoas para fazer comunicados desse tipo.
Segundo a Polícia propostas muito vantajosas devem ser vistas com desconfiança, em caso de suspeita de golpe por correspondência, a primeira orientação é confirmar todos os dados da empresa, e se possível, consultar um especialisrta no assunto para tirar todas as dúvidas, pois na maioria das vezes, os estelionatários se aproveitam da falta de conhecimento das vítimas para aplicar o golpe.
"O golpe se baseia na fraude para obter alguma vantagem indevida da vítima, então as vezes, as vítimas de certa maneira colaboram com o golpe, confiando nessa pessoas. O importante para a gente é que cada vítima procure ter cautela ao receber telefonemas, correspondências, sempre verificar as informações da empresa que está ofererecedo estes serviços e qualquer dúvida procurar a Polícia Civil", informou o  delegado Lucas de Sá Oliveira.
Os telefones para entrar em contato com a Polícia Civil são o 197 ou o 3218-5332 na Delegacia de Defraudações.

 globo.com

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