A segunda dose da vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV), que
protege contra o câncer do colo de útero, terá início na Paraíba neste
dia 10 de setembro. A data corresponde ao prazo de seis meses da
aplicação da primeira dose da vacina. A meta é imunizar 104.710 meninas,
de 11 a 13 anos, a fim de completar o ciclo de proteção.
A Paraíba recebeu 105 mil doses da vacina. De acordo com a chefe de
Imunização da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Isiane Queiroga, toda
adolescente que já tomou a primeira dose deve receber a segunda. “É
importante a adolescente tomar a segunda dose da vacina, pois somente
com a primeira ela não estará imunizada. O organismo começa a reagir, a
formar os anticorpos, a partir da segunda dose. Por isso, a adolescente
deve tomar a segunda dose e complementar o esquema cinco anos depois,
com a terceira dose”, disse Isiane. A recomendação é de que as
adolescentes levem a caderneta de vacinação aos postos.
Em 2015, a vacina contra o HPV será destinada às meninas entre 9 e 11
anos e também será dividida em três etapas. A partir de 2016, ela
passará a ser aplicada nas meninas com nove anos de idade. “A inclusão
da vacina contra o HPV no calendário de imunização do SUS é uma
importante medida para reduzir a transmissão do papilomavírus humano,
vírus capaz de causar lesões de pele e mucosas e, quando não tratado
corretamente, pode evoluir para casos de câncer de colo do útero. Ao
alcançar uma elevada cobertura vacinal entre a população-alvo,
observaremos consequentemente uma maior proteção contra a incidência do
câncer de útero”, afirmou Isiane.
Além dos postos de saúde, alguns municípios decidiram manter a vacinação
nas escolas. “A estratégia de vacinação será a critério dos municípios.
Alguns adiantaram que vão continuar com a vacinação nas escolas, pois
acharam que a estratégia beneficiou para a obtenção da meta mais
rapidamente”, esclareceu Isiane Queiroga.
HPV - O papilomavírus humano (HPV) é um vírus contagioso que pode ser
transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a
pele ou mucosa infectada. Sua principal forma de transmissão pode
ocorrer via relação sexual, como também por transmissão vertical, que
acontece entre mãe e bebê durante a gravidez ou o parto.
Inicialmente sem sintomas aparentes, a infecção por HPV pode evoluir
para lesões de pele e mucosas, em alguns casos também ocasiona o
surgimento de verrugas genitais. Quando não tratada corretamente, essas
lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de
colo de útero, cuja doença tem como principais sintomas dores,
corrimento ou sangramento vaginal.
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