Inflação oficial desacelera para 0,42% em outubro, diz IBGE

A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), recuou de 0,57% em setembro para 0,42% no mês seguinte, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 12 meses, o indicador acumula alta de 6,59%, abaixo do 6,75% no mês anterior, mas ainda acima do teto da meta de inflação do Banco Central. No ano, de janeiro a outubro, o IPCA tem alta de 5,05%.
A expectativa dos economistas para a inflação deste ano está em 6,45% e para 2015, em 6,32%, segundo o último boletim Focus,do Banco Central.
“Em outubro, apesar de os preços continuarem subindo, a taxa se reduziu em 0,15 ponto percentual. Quando a gente olha as regiões, a maioria delas apresentou redução. Foi mais ou menos generalizada quando consideramos as regiões metropolitanas”, afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
Em outubro, o avanço dos preços de alimentos e bebidas, que respondem pela maior parte do cálculo do IPCA, foi menor e, dessa forma, influenciou o comportamento da inflação oficial. De setembro para o outubro, a variação do indicador foi de 0,78% para 0,46%.
Apesar de o preço do tomate, ex-vilão da inflação, ter voltado a subir (de -9,42% para 12,37%), a alta do custo da carne desacelerou, de 3,17% para 1,46%, trazendo alívio para o bolso do consumidor.
As passagens aéreas, que no período da Copa do Mundo ficaram mais caras e pressionaram a inflação oficial, mostraram uma alta bem menor de setembro para outubro, de 17,85% para 1,94%. Com isso, a variação do grupo de despesas com transportes, do qual as passagens fazem parte, recuou de 0,63% para 0,39%. Na contramão, ficaram mais caros o etanol e a gasolina: a variação dos dois combustíveis, que estava perto de zero em setembro, subiu para 0,18% no mês seguinte.
Entre todas os grupos de despesa pesquisados pelo IBGE, a maior variação, partiu dos preços de habitação (de 0,77% para 0,68%), ainda que o avanço tenha sido menor de um mês para o outro. Subiram menos os preços de energia elétrica (de 1,37% para 1,20%), aluguel (de 0,57% para 0,61%) e mão de obra para pequenos reparos (de 1,04% para 0,82%).
A variação da taxa de água e esgoto, que havia recuado 0,45% em setembro - influência do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água do Estado de São Paulo -, voltou a avançar, ficando em 0,26%.
Poucos grupos de despesa mostaram alta de preços: vestuário (de 0,57% para 0,62%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,33% para 0,39%).
"Quando se trata dos grupos de produtos dos serviços pesquisados, a maioria deles também mostrou resultados inferiores abaixo do mês de setembro. Mas dois deles foram fundamentais, que foram o grupo dos alimentos e bebidas e dos transportes. Esses dois são os principais grupos nas despesas das famílias, juntos eles pesam 43,24%”, explicou Eulina Nunes.
Onde os preços subiram ou caíram
Os maiores índices foram os de Campo Grande (0,79%) e de Goiânia (0,78%). Na outra ponta, com o menor índice, está Salvador (0,05%).
Inflação pelo INPC
Nesta sexta-feira, o IBGE ainda divulgou o comportamento da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que variou 0,38% em outubro, menos do que o 0,49% de setembro. No ano, o indicar acumula alta de 5,02% e, em 12 meses, de 6,34%.
G1 

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