Enquanto os deputados da base governistas afirmam já ter 21 votos para que Adriano Galdino (PSB) assuma a presidência da Casa no próximo biênio e Gervásio Maia no seguinte, a deputada eleita do PSDB, Camila Toscano, revela que o partido deverá votar em bloco na eleição da Mesa.
Ela não descartou a possibilidade do grupo votar em Adriano Galdino, mas diz que a vontade pessoal dela é outra.
“Se o bloco definir que vai para Adriano então eu serei minoria, mas não vou quebrar a corrente formada”, afirmou a deputada.
Além de Camila, os tucanos Tovar Correia Lima, Dinaldo Wanderley Filho e Bruno Correia Lima também compõem o grupo que conta, ainda, com Manoel Ludgério (PSD) e Renato Gadelha (PSC).
Avaliação dos candidatos – Gadelha defende que o candidato da oposição seria o atual presidente da Casa, Ricardo Marcelo (PEN), mas que o grupo vai, antes de qualquer coisa, avaliar as condutas dos dois candidatos.
“Entre as questões que são importantes para mim, por exemplo, está a defesa de que a eleição para a segunda gestão da Mesa Diretora só aconteça em 2017. Fazer as duas eleições ao mesmo tempo é um absurdo, um causuismo tremendo”, declarou.
Além de defender as eleições separadas para os dois biênios, Gadelha insiste que os candidatos deverão defender a independência da Casa diante dos outros poderes.
“A manutenção da independência é importantíssimo. Os poderes têm que ser harmônicos, mas não pode haver nenhum submisso ao outro. São três poderes e eles devem funcionar independentemente, senão um deles poderá se exacerbar e querer ser maior que os outros. Caso a gente não tenha esta independência seremos meros carimbadores de papel”, disse.
Questionado se o grupo poderia ser chamado de “bancada cassista”, já que todos os deputados envolvidos neste movimento teriam apoiado o candidato Cássio Cunha Lima (PSDB) na disputa estadual, Gadelha discordou. “Na ALPB não somos a favor de Cássio ou de Ricardo, somos a favor da Assembleia. Em relação ao governo nós declaramos que somos oposição, mas as eleições já acabaram, e é natural que os que apoiaram o candidato derrotado vão para a oposição”, declarou.
Sobre o envolvimento de Ricardo na disputa pela presidência da ALPB, Gadelha foi taxativo. “Não quero nem que Cássio e nem que Ricardo se metam. Que deixem que os deputados resolvam. Muitos articuladores dizem que o governador está se envolvendo no processo, mas ninguém veio falar comigo ou com algum dos nossos aliados sobre isso. É difícil, sendo governo, ser totalmente isento em uma eleição que mexe com a administração do governo, e a Mesa Diretora é importante neste processo”, concluiu.
A eleição está marcada para acontecer no próximo dia 1° e, até o presente momento, apenas Adriano Galdino se apresentou como candidato à presidência da Casa.
João Thiago
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