
Até as 22h50, dez dos 12 condenados já haviam chegado a sedes da
Polícia Federal: José Genoino, José Dirceu (SP); Marcos Valério, Ramon
Hollerbach, Simone Vasconcelos, Cristiano Paz, Romeu Queiroz, Kátia
Rabello e José Roberto Salgado (MG); e Jacinto Lamas (DF). Delúbio
Soares deve se apresentar neste sábado, em Brasília, segundo informou o
advogado. Henrique Pizzolato não foi localizado por agentes da PF.
Em julgamento realizado em 2012, sete anos depois que o escândalo
estourou durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), o STF considerou que um grupo comandado por José Dirceu,
então chefe da Casa Civil, operou um esquema de compra de votos no
Congresso (saiba as conclusões do julgamento).
Depois de uma fase em que as penas foram definidas ainda em 2012
(dosimetria) e um período em que os réus puderam apresentar recursos
contra as decisões, o STF julgou esses recursos até setembro, aceitando
parte deles e rejeitando outros. No dia 13 de novembro, o tribunal
decidiu que já era possível fazer cumprir as penas definitivas
(transitadas em julgado), mesmo que o réu ainda pudesse recorrer de
parte das condenações.
Ordens de prisão
As ordens de execução imediata das penas foram dadas pelo presidente
do STF, Joaquim Barbosa, e chegaram à Polícia Federal em Brasília por
volta das 16h10 pelas mãos de dois oficiais de Justiça. A PF disse que
enviaria os ofícios para as superintendências regionais por meio de fax
para iniciar a execução das prisões. A polícia não divulgou o teor dos
ofícios.
Segundo a PF, um avião deve buscar os presos nos estados e levá-los a Brasília no fim de semana.
O primeiro condenado a se entregar foi o deputado federal licenciado e
ex-presidente do PT, José Genoino. Ele chegou à sede da PF em São Paulo
por volta das 18h20. Em nota divulgada antes de sair de sua casa, na
Zona Oeste de São Paulo, Genoino disse que cumpriria a decisão “com
indignação” e reafirmou que se considera inocente.
José Dirceu disse que prisão é injusta, mas que cumprirá decisão. O
presidente do PT, Rui Falcão, classificou as prisões como “casuísmo
jurídico”.
Com G1
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