A fundadora do site "Trannyshack", a drag queen Helinka, de São
Francisco (EUA) afirma que teve sua página de usuário no Facebook
apagada pela rede social porque "usava um nome falso", de acordo com
mensagem da empresa. Ela afirma que recebeu um e-mail da companhia
pedindo para que ele trocasse o nome usado em sua página pessoal por
"seu nome de batismo".
Ela afirma que tentou atender ao pedido e colocou seu sobrenome,
Grygelko, ao lado do seu nome de drag queen. Mas isso não foi suficiente
para sua página ser mantida pelo Facebook, que apagou todo o seu
perfil. E ela diz que não consegue alertar seus amigos drag queens
porque não tem mais o acesso à rede social. "Uso este nome há 20 anos.
Eu ando nas ruas e digo 'oi, meu nome é Heklina'. As pessoas me conhecem
por meio nome de drag.
Por meio do Twitter, drag queen Heklina diz que
teve sua conta do Facebook apagada por uso
de nome falso (Foto: Reprodução/Twitter)
teve sua conta do Facebook apagada por uso
de nome falso (Foto: Reprodução/Twitter)
Diversos amigos drag queens de Heklina disseram receber o mesmo aviso de mudança de nome do Facebook. Algumas contas foram apagadas e apenas as páginas de fãs foram mantidas.
Por meio de um porta-voz ao site "Techcrunch", o Facebook disse que
"como parte dos nossos padrões, pedidos aos usuários que forneçam seu
nome real no seu perfil". A política de nomes reais já é usada pela rede
social há algum tempo, mas nada foi definido sobre drag queens e
travestis de usarem outros nomes. O Facebook disse para Heklina que sua
página foi excluída por conta de um algoritmo que identificou o nome
"falso" e solicitou a mudança".
De acordo com a empresa, os nomes reais "permitem saber quem se conecta
com quem, além da manter a comunidade segura". Isso é um problema para a
comunidade de drag queens, que Heklina conta que eles não gostam de
usar seus nomes reais para se protegerem do preconceito.
O Facebook se defende, dizendo que "se as pessoas querem usar um nome
alternativo no Facebook, elas podem usá-lo de diversas maneiras,
incluindo usar um 'alias' junto com seu nome real de perfil ou criando
uma página para este personagem alternativo". Heklina comenta que ao
usar uma página, os recursos de comunicação da rede social são
limitados. Ela irá se encontrar com representantes do Facebook para
tentar resolver a situação.
G1
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