O terremoto de magnitude 5,1 que atingiu a Califórnia, no Sudeste de Los
Angeles, nos Estados Unidos, na noite de sexta-feira (28), causou
pânico em muitas pessoas que vivem nesta área do país. Uma delas é a
estudante Mayra Ramos, de 27 anos, que está há dois anos morando na
região.
O epicentro do tremor foi registrado às 21h (horário local), sacudindo
uma ampla faixa do Sul da Califórnia, de acordo com o Serviço Geológico
dos Estados Unidos (USGS). “Foram mais ou menos dez segundos de pânico.
Eu estava em casa, sentada no sofá, relaxando. De repente, tudo começou a
tremer. Tive a impressão de que o teto iria desabar na minha cabeça.
Passaram ‘um milhão’ de pensamentos na minha cabeça. Corria ou ficava
parada? Gritava ou chamava o Corpo de Bombeiros? Pensei em ligar para a
minha família no Brasil, dizer que amo todos e que sentia muito, porque o
fim estava próximo. Só pensava que não queria morrer. Não agora!”,
conta Mayra.
Apesar do pouco tempo que o tremor durou, a estudante, que nasceu em Santos,
no litoral de São Paulo, relata como foram os instantes de aflição por
conta do terremoto. “As janelas sacudiam como se fossem de brinquedo. Os
móveis deslizavam levemente. Alguns até caíram. Foram dez segundos que
mais se pareceram dez minutos”, desabafa.
Mayra lembra que esta não é a primeira vez que vivencia um tremor,
desde que se mudou para a Califórnia. “Não é a primeira vez que isso
acontece nesses dois anos em que eu moro no Sul da Califórnia. Porém,
dessa vez foi bem mais forte. Antes durava cinco segundos, no máximo.
Por isso o que aconteceu tem repercutido bastante. Está todo mundo aqui
falando sobre o terremoto. A imprensa se locomovendo para mostrar ao
mundo o que aconteceu. Foram muitos barulhos de helicópteros, de carros
dos bombeiros e da polícia espalhados por toda parte”, comenta.
Após o susto, a estudante destaca que ainda há um temor por um
terremoto mais forte, apesar de ela lembrar que as casas da região são
bem planejadas contra este tipo de desastre natural. “Agora está tudo
bem. Claro que estamos com medo de que isso possa acontecer novamente,
mas o que me tranquiliza um pouco é saber que as casas aqui já são
planejadas, à prova de terremotos e outros desastres da natureza. Claro
que isso não é o suficiente, mas faz a gente acreditar que o estrago
pode ser menor, em caso de um novo tremor”, explica.
Para Mayra, essa condição das construções americanas foi decisiva para
que os estragos não fossem grandes na região. Além disso, o terremoto
não deixou vítimas. “Como eu estava em casa, não vi nenhum estrago
aparente. Eu moro em uma área residencial e o que vi foram pessoas nas
janelas, assustadas. Têm fotos de vários locais que sofreram prejuízos. O
que eu fiquei sabendo foi de restaurantes e supermercados que sofreram
algum dano”, conclui.
Réplicas
O Sul da Califórnia voltou a tremer neste sábado (29), sacudido por um terremoto de magnitude 4,1, a maior das mais de 100 réplicas registradas após o tremor de 5,1 registrado na noite de sexta-feira no Sudeste de Los Angeles, a uma profundidade de 7,5 km.
O Sul da Califórnia voltou a tremer neste sábado (29), sacudido por um terremoto de magnitude 4,1, a maior das mais de 100 réplicas registradas após o tremor de 5,1 registrado na noite de sexta-feira no Sudeste de Los Angeles, a uma profundidade de 7,5 km.
O tremor foi registrado perto da cidade de Rowland Heights, por volta
das 14h32 (11h32 em Brasília), segundo USGS, que informou que o
movimento teve uma profundidade de 8 quilômetros.
'Big One'
Os sismólogos cogitam a probabilidade de 98% que o 'Big One', um terremoto de magnitude de 7,8 ou superior com origem na falha de San Andrés, afete o Sul da Califórnia nos próximos 30 anos. As estimativas oficiais preveem que esse tremor pode causar duas mil mortes e 53 mil feridos, assim como a queda de 1.500 edifícios, incluídos arranha-céus, e danos consideráveis em pelo menos 300 mil imóveis.
Os sismólogos cogitam a probabilidade de 98% que o 'Big One', um terremoto de magnitude de 7,8 ou superior com origem na falha de San Andrés, afete o Sul da Califórnia nos próximos 30 anos. As estimativas oficiais preveem que esse tremor pode causar duas mil mortes e 53 mil feridos, assim como a queda de 1.500 edifícios, incluídos arranha-céus, e danos consideráveis em pelo menos 300 mil imóveis.
G1
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